Tatuagem

Tatuagem e Mercado de Trabalho: análise dos discursos jornalísticos acerca desta relação no Brasil

Radialista e Jornalista, ex-aluna do Centro Universitário FMU/FIAM-FAAM, Karina Gomes, 25 anos, fala sobre seu Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo.

Por Stefanie Tozzo dos Santos [1]

Edição por Giuliana Maciel Araujo [2]

Revisão por Andressa Lemes de Amorim Matos [3]

                            Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

“Eu comecei a pesquisar temas que realmente me interessavam […] e aí surgiu ‘tatuagem’, um assunto que eu acho muito interessante. Apesar de a imprensa sempre focar em dizer que isto deveria ser mudado, ela também mostra o quanto é forte ainda o preconceito”.

Radialista e Jornalista, ex-aluna do Centro Universitário FMU/FIAM-FAAM, Karina Gomes, 25 anos, fala sobre seu Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo com a temática: “Tatuagem e Mercado de Trabalho: análise dos discursos jornalísticos acerca desta relação no Brasil”, orientado pelo professor Guy Almeida.

Porque você escolheu este tema?

A princípio, comecei a pesquisar temas que realmente me interessavam e gostaria de abordar dentro de um trabalho de conclusão de curso, foi assim que surgiu “tatuagem”. É um assunto que eu sempre achei interessante, além de gostar muito da temática e da história.

Como surgiu a necessidade de falar sobre, analisar e discutir a questão da “tatuagem e o mercado de trabalho”?

Assim que decidi falar sobre tatuagem no meu artigo científico, comecei a fazer uma pesquisa sobre assuntos relacionados. Encontrei um blog super famoso falando sobre o preconceito no mercado de trabalho. Achei muito interessante partir disso porque é um assunto que é um tabu ainda. Muitas pessoas já perderam o emprego por causa disso, mesmo que atualmente até tenha melhorado um pouco esta questão.

Que relevância esse assunto tem para a profissão que você exerce?

A relevância do tema que escolhi para minha profissão, que é jornalista, é muito grande. Meu artigo científico foi baseado no que a imprensa fala sobre o assunto, se ela acaba dificultando mais ou facilitando, abrindo a mente das pessoas ou não. Fiz uma análise do discurso em cima de matérias que acreditei serem boas e com base nisso, pude ter uma resposta na pesquisa.

O jornalista consegue fazer algumas pessoas pensarem fora da caixinha e eu não tenho dúvidas disso. A imprensa é muito forte, ela consegue ser influenciável, tanto para parte negativa quanto positiva… e falando especificamente do que fiz, que é um “tabu”, e existem vários tipos de tabu/preconceito, sinto que a imprensa consegue ajudar nisso, podendo ser positivo ou negativo. É legal quando é positivo, claro, mas tem total relevância.

Você sente que ainda existe preconceito quanto à tatuagem no mercado de trabalho em geral e na profissão de jornalista?

Depois que obtive meus resultados baseados na análise do discurso, conclui, que ainda assim existem preconceitos, apesar de diminuir muito. Em certas profissões, como advogado, médico ou juiz, o preconceito ainda é maior, mesmo atualmente.

Apesar de a imprensa sempre focar em dizer que “isto deveria ser mudado”, ela mostra o quanto é forte esta questão. Selecionei uma matéria, dentre todas que escolhi, que mais me chamou atenção. Ela mostrava entrevista de pessoas que não conseguiram trabalho devido à tatuagem e foi atual, em 2018, então, com isto percebi que a imprensa mostra que ainda existe preconceito perante à sociedade para com pessoas tatuadas em algumas profissões.

Você se formou no final de 2019. Como foi este processo de Trabalho de Conclusão de Curso com a implementação das aulas remotas devido à pandemia da COVID-19?

O meu trabalho em geral, eu gostei muito. Como eu disse, a melhor opção sempre é escolher um tema que você sabe que vai gostar até o final. Devido à pandemia, tive que fazer de uma forma totalmente diferente do que eu pensava antes. Foi um trabalho legal, aprendi bastante, descobri como o artigo científico é difícil, mas o resultado foi brilhante. A parte que eu mais tive dificuldade foi encontrar uma metodologia, porque a princípio eu queria entrevista, mas devido a tudo que está acontecendo no mundo como pandemia, coronavírus, ficaria muito mais difícil eu conseguir pessoas para entrevistas, mesmo que de longe. Meu orientador, Guy Almeida, despertou meu interesse em análise do discurso, até então, eu desconhecia e foi muito legal!

Finalizei realmente uma pesquisa completa porque antes do estudo eu tinha certeza de que não existia mais preconceito em relação a isto hoje em dia, mas descobri que não! A análise me provou outro resultado do que a imprensa traz para gente sobre isso e eu acho super interessante.

Karina Gomes, jornalista

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – repórter

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – editor

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – revisor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM