Coordenadora dos cursos de Publicidade e Propaganda, Comunicação e Marketing e Tecnologia em Produção Publicitária no FIAM FAAM – Centro Universitário
Por Renato Felix Iwamoto [1]
Edição por Safira Ferreira [2]
Revisão por Guilherme Diniz Simões Moreira [3]
Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]
Tereza se formou em Publicidade e Propaganda no ano de 1996 pela mesma faculdade em que hoje leciona, FIAM FAAM. Naquela época, os cursos de comunicação integravam a mesma grade e somente a partir do terceiro ano o aluno escolhia qual área gostaria de seguir. Por um motivo inusitado, Tereza escolheu Publicidade e Propaganda, o que a motivou foi sua timidez. Pensava na época, que “não havia perigo nenhum de ser convidada a aparecer”; mais tarde descobriria que isso seria impossível em razão dos cargos que ocuparia e a ascensão da internet e da tecnologia como um todo.
Ela passou pelo departamento de atendimento em agências e depois foi para o marketing de empresas. Tereza também teve seu próprio negócio, quando surgiu a ideia de abrir uma cafeteria: Albani Café, entretanto, a pouca experiência no mercado não permitiu que o projeto tivesse sucesso, durando apenas alguns meses. Depois, entrou em uma multinacional de transporte marítimo, encontrando assim, seu lugar no marketing empresarial; e esse momento foi quando ela viu sua carreira deslanchar, pois, até então, Tereza sentia-se perdida em uma área com tantos caminhos promissores. Enquanto exercia tal profissão, começou o curso de pós-graduação em Marketing e Propaganda pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), formando-se em 2001.
Nesse mesmo período, após a apresentação de um trabalho acadêmico, um senhor que estudava na mesma classe perguntou à ela se não tinha vontade de lecionar, dizendo que aparentava ter jeito, postura e entonação de voz. Ela respondeu que só apresentava trabalhos por não ter opção e que era bastante tímida. Hoje, Tereza diz que querendo ou não, ele havia plantado a semente e a ideia permaneceria dentro dela. Um tempo depois, Tereza conversou com o coordenador do curso, que já a conhecia por ter sido seu professor também na FIAM-FAAM, e ele disse que quando surgisse uma vaga, a chamaria. Seis meses se passaram e Tereza foi convidada para ser docente na FIAM, começando sua jornada em 2002 e assumindo a coordenação adjunta em 2017 e, no ano seguinte, tornou-se coordenadora. Durante esse período, ela também lecionou em outras faculdades, como a UNIFIEO, em Osasco, onde permaneceu por dez anos e passou também pela UNIFACCAMP, lá Tereza lecionou por dois anos. Sempre ensinando planejamento e marketing nos cursos de Publicidade, apesar que teve passagens até em aulas de cosmetologia.
Ao longo de sua carreira na docência, Tereza teve de aprender a lidar com sua timidez. Ela clarifica que a prática ao longo do tempo trata de nos acostumar. No entanto, em cada novo semestre e a cada nova sala que assume, aquela timidez retorna em maior ou menor grau. Ela diz que fazia mais esforço para não perceberem, do que para superar aquela sensação.
Ao longo de toda sua carreira na FIAM FAAM, Tereza passou por diversos períodos e mudanças dentro da instituição. No início, a FMU não estava integrada a um grande grupo, isso tornava o processo de tomada de decisões menos burocrático já que menos departamentos significava menor número de pessoas, algo que se refletia na forma de definir um plano de ensino ou discutir mudanças. Após um período fazendo parte de um grande grupo de ensino, a instituição retorna para sua condição anterior, que na visão dela, resulta em uma relação mais eficaz e dinâmica, porém sem perder a seriedade.
Tereza também integra o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis), onde atua como revisora de reconhecimento de cursos, um setor que tem agora suas atividades através de encontros online por conta da pandemia.
A coordenadora de comunicação aconselha jovens recém-formados, destacando o conhecimento como atributo importante já que, para ela, estar sempre buscando novos caminhos e informações é o diferencial que o aluno precisa ter. Um recém-formado pode ser criativo, como ela brinca: “até no sonho você pode ser criativo e acordar com uma nova ideia, mas o profissional publicitário no dia-a-dia não pode ficar esperando esse momento.”
“Não tenha preconceitos”, esta é outra dica da professora. Já que o não estar aberto para novos meios e formatos, é prejudicial. Uma pessoa pode não gostar, mas precisa experimentar pelo menos uma vez com um olhar analítico. Quanto mais você se informa, mais recursos para fazer a diferença você terá. Ela aponta para a atual situação de competitividade no mercado de comunicação e salienta que somente a informação trará novas formas de se adaptar.
Entre tantos episódios como professora na sala de aula, Tereza lembra de um que ocorreu na época em que os trotes eram mais comuns. Em determinado dia ao entrar na sala de aula, percebeu muitos alunos carecas, eles tinham sido vítimas do trote de boas-vindas. Quando ela começou a escrever na lousa, ouviu os alunos comentando entre si em tom baixo: “É trote… Não é a professora”. Depois de boas risadas, Tereza faz menção a outro episódio relacionado a vivência em sala de aula. Ela diz que uma vez a confundiram com uma aluna e quase terminou fazendo parte da brincadeira. Sem reservas e com um bom humor exemplar, Tereza ri da situação dizendo que agora soa engraçado, mas ao começar como docente se perguntava, “mas será que não percebem que eu sou professora, como assim?!”.
Ter sido homenageada por alunas e alunos em datas de aniversário, ter feito parte da banca que examinou trabalhos de prestígio como um projeto de publicidade que foi escolhido para ser apresentado na Associação de Profissionais de Propaganda (APP), são alguns os exemplos que ilustram o que ela entende como necessário para se consolidar como um bom profissional.
Ao ser questionada sobre que tipo de postura se ter para enfrentar desafios no mercado de trabalho, a resposta para ela é: foco e determinação, e a mesma resposta oferece aos seus alunos, não importa a preocupação com a área que trará mais retorno. Para Tereza, o que vai determinar se uma pessoa será um bom profissional é o foco e a determinação com que ela assume os desafios.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM