Eduardo Magrini discute ética durante Mídia.JOR

Quem vai responder por máquinas que cada vez mais se distanciam de seus programadores?

Tâmara Santos [1]

Edilaine Felix [2 ]

 

Discutir ética na situação atual do Brasil é primordial, porém é quase impossível. Se pensar ética nas esferas mais comuns da sociedade já é difícil, imagina pensar em um tema tão delicado para a Inteligência Artificial. Durante o Midia.Jor, o vice-presidente do Instituto Nacional de Proteção de Dados Pessoais (INPD), Eduardo Magrani, pensa, discute e problematiza a necessidade de éticas para as AI.

O professor e pesquisador falou ao público presente no evento direto da Alemanha. E, em uma de suas falas, ele explica que quanto mais se discute a ética das máquinas, mais se pensa na ética humana e na ética animal.

Magrani traz para discussão o que ele chama de “AI fraca e AI forte”. “O que temos hoje são máquinas com capacidade bem limitada”, diz. Segundo ele, as empresas trabalham a todo vapor para criar uma inteligência artificial forte, mas nem o direito, nem os processos democráticos estão programados para isso.

Ainda durante sua fala, ele questiona quem vai arcar com possíveis danos causados por essas máquinas, quem responde em caso de máquinas que reproduzem, por exemplo racismo, fascismo  e como saber se a máquina desenvolveu esse perfil de forma autônoma ou se foi de alguma forma programada, “estamos criando, a partir de agora, máquinas imprevisíveis by designer”, que vão cada vez mais vai se distanciar dos seus programadores.

 

[1] Aluna do sexto semestre do curso de Jornalismo. Estagiária da Agência Integrada de Comunicação (AICom).

[2] Professora do curso de Jornalismo. Atua na Agência Integrada de Comunicação (AICom).