Por Gabriel Ferreira e Jéssica Leite [1]
Carla Tôzo [2]
No último dia 26 de setembro no teatro da Unibes Cultural ocorreu a 5° edição do Mídia.JOR que debateu a inteligência artificial e seus efeitos no mundo do jornalismo e na sociedade em geral.
Um dos painéis de destaque do evento foi: “O algoritmo informado – como IA pode ajudar a combater a desinformação” que contou com a presença de: Tai Nalon, Diretora executiva e cofundadora do Aos Fatos, Paulo Henrique Castro, Diretor de Tecnologia, P&D da TV Globo, Renato Cruz, Editor do inova.jor e foi mediado pelo diretor do Copenhagen Institute for Futures Studies, Flávio Ferrari.
Interatividade
O painel contou com uma enquete simultânea com a plateia que trazia 5 frases para as pessoas votarem por meio de um app em qual elas mais concordavam:
– Toda notícia pode ser considerada fake em algum grau;
– Inteligência natural (educação) é mais importante que a artificial (IA);
– Ancoras virtuais podem ser mais isentos que ancoras reais;
– Curadoria de conteúdo automatizada (AI) cria bolhas alienantes;
– As redes sociais precisam identificar e banir notícias falsas;
A IA em ação
Segundo Tai Nalon que tem a experiência de ter no Aos Fatos a “Fátima” uma robô que checa informações da internet para que as pessoas possam navegar de maneira mais confiável nas redes ainda existe um gep (tempo longo) muito grande da atual tecnologia para evitar a desinformação, por que a IA não é sofisticado o suficiente para entender as nuances e contextos de certas noticias, muitas vezes a falsidade está um detalhe, uma foto ou declaração tirada de contexto.
Renato Cruz comentou das “deepfakes” em que se pode alterar o rosto de uma pessoa em um vídeo para poder manipulá-lo, que vem sendo cada vez mais facilitado pela tecnologia que avança cada vez mais rápido e prevê um possível problema nas próximas eleições acerca desse tema.
Já Paulo Henrique Castro revelou que na Globo a inteligência artificial já é utilizada há muito tempo, inclusive na criação de humanos virtuais para figuração em telenovelas, e aproveitou para contar sobre uma âncora virtual apresentada pela Globo em uma feira de tecnologia na Holanda, e que vinha sendo apontada como uma nova âncora de um possível jornal, aproveitando o tema para desmentir a “fake news”: “A Aida não tem nada haver com o jornalismo da Globo, é uma aventura da equipe de tecnologia, a gente na verdade concatenou varias pesquisas que a gente tem pra mostrar uma visão de futuro,o que seria possível”, ressaltou.
O Mídia.Jor contou com a presença de estudantes, jornalistas, profissionais da área de tecnologia, assessores de imprensa e apostadores na IA para o futuro do jornalismo e foi um sucesso total.
[1] Alunos do sexto semestre do curso de Jornalismo. Estagiários da Agência Integrada de Comunicação (AICom).
[2] Professora do curso de Jornalismo. Atua na Agência Integrada de Comunicação (AICom).