Vladimir Herzog: o lado humano do símbolo da luta contra a censura

Itaú Cultural, em parceria com o Instituto Vladimir Herzog, recebe exposição sobre o jornalista até dia 20 de outubro

Por Vinicius Nunes Gomes [1]

Carla Tôzo [2]

 

A icônica foto do suposto suicídio de Vlado, como era originalmente chamado, não está presente nessa ocupação. A ideia é mostrar que existia um homem com sonhos, família e filhos. “A gente tem uma imagem dele, histórica até, mais como uma figura de importância política, mas eu acho que é importante a gente personificar”, diz visitante e mestranda em Saúde Pública, Fernanda Arumi de 25 anos.

Herzog também tinha um grande interesse pelas artes e cultura, mas a sua trajetória nunca foi muito fácil. Quando tinha dois anos – em plena 2ª Guerra – a Iugoslávia, país de nascença, foi ocupada pelas tropas nazistas o que fez seus pais Zigmund e Zora buscarem refúgio por algum tempo na Itália. Porém, após a ocupação dos aliados na Itália, aos 9 anos de idade, veio morar no Brasil. Aqui fez refez sua vida, se formou em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), trabalhou como jornalista, casou, teve filhos.

Aliás, foi durante o trabalho de conclusão de curso que Vlado fez seu primeiro documentário “Marimbás” que retratava a dura realidade de uma comunidade que vivia dos restos que a pesca dos pescadores profissionais deixava na orla. Documentário esse que passa diversas vezes em uma sala especial dentro da Ocupação

A exposição ainda mostra seu lado profissional com seus trabalhos como jornalista a frente da redação do Estado de S. Paulo e na revista “Visão” na qual fez seu trabalho mais icônico: A crise da cultura brasileira.

O Itaú Cultural fica na avenida Paulista, 149.

A exposição fica até dia 20 de outubro e a entrada é gratuita.

[1] Aluno do segundo semestre do curso de Jornalismo. Monitor da Agência Integrada de Comunicação (AICom).

[2] Professora do curso de Jornalismo. Atua na Agência Integrada de Comunicação (AICom).