Estes foram alguns dos temas do primeiro dia da semana de comunicação
Texto: Vinicius Sarcetta [1]
Vídeo: Milena Pochini [2]
Nadini Lopes [2]
A 8° Edição da Semana da Comunicação do FIAM-FAAM começou nessa segunda-feira, dia 22 de outubro, e os alunos do campus Ana Rosa participaram de diversos workshops com diversos assuntos.
O workshop — A arte de argumentar: emoção e razão ao seu favor — levou aos estudantes dicas e práticas de como usar as ferramentas discursivas na hora de argumentar, inclusive no mercado de trabalho. O professor Marcelo Mattos Salgado, que ministrou a palestra, explica que “a ideia do debate é promover e instrumentalizar o aluno com ferramentas para que ele seja capaz de proteger-se, sobretudo de armadilhas retóricas”. E também que “ele compreenda como a dialética continua para nossa experiência na comunicação”.
Ele ainda diz que qualquer aluno, especialmente os de comunicação social, se beneficiam não só do ponto de vista de saber atacar com ferramentas discursivas, sobretudo retórica e dialética, até porque há implicações éticas e morais. Mas, sobretudo defender-se destes artifícios usados nos retóricos particulares, utilizados por uma pessoa com quem eles venham a discutir.
Marcos Felipe Souto, estudante de jornalismo do 2° semestre, assistiu o workshop do professor Marcelo conta que “É difícil pontuar o que foi mais interessante, mas ela vai ser muito importante para minha carreira. Porque eu sou estudante de jornalismo e quero me especializar na área politica, e o workshop mostrou muitas coisas de discurso, onde a gente aprende a identificar tipos de discursos, a praticar, retrucar e responde-los”.
Cinema
O professor Efrem Pedroza mostrou no workshop, “Crítica aos críticos de cinema”, dicas de como assistir os filmes com olhar crítico além de falar sobre jornalismo cultural. Segundo ele, “a importância de debater um assunto como esse é abrir a possibilidade de debate aos alunos no sentido de que existe uma via de mão dupla em que a crítica não visa o lado ruim de uma obra ou de um filme. Ela visa incentivar as pessoas, motivar as pessoas para que elas entendam mais, não só sobre o cenário do cinema como entretenimento, mas o cinema como arte”.
O professor dá dicas para quem quer ser um crítico de cinema, para ele “basta ter bastante paixão e escrever sobre cinema. Se você quer escrever uma crítica de cinema, crie o seu blog, crie sua fanpage no seu facebook, crie sua página no instagram e divulgue aquilo que você escreve”.
O Caso Carandiru
O workshop ministrado pela professora Maria Lúcia sobre “Investigação jornalística: caso do Carandiru” recebeu a jornalista Selma Nunes para dar uma palestra sobre jornalismo investigativo, com foco no livro-vídeo, “Carandiru – 25 anos”, que mostra a cobertura jornalística dos repórteres de São Paulo, em especial do extinto jornal Diário Popular, sobre o Massacre do Carandiru em outubro de 1992, cujas investigações ainda não foram concluídas.
A jornalista Selma Nunes, com experiência em jornalismo investigativo, explicou para os alunos sobre a cobertura do acontecimento, o cenário político do momento e contou sobre a investigação. Ela diz que “a busca dos jornalistas por informações em terreno árido, onde conviveram num mesmo plano político e policial é o tema deste trabalho que retrata essa tragédia sem precedentes na história do sistema prisional do país, sob a ótica do direito à informação”.
A jornalista informa que “passados 26 anos, não há ainda condenação formal. Depois da anulação de cinco conselhos de sentença, 74 policiais militares deverão novamente ocupar o banco dos réus, mas ainda sem previsão de data”.
CONFIRA O VÍDEO DO EVENTO
[1] Aluno do segundo semestre de Jornalismo e estagiário da Agência Integrada de Comunicação (AICom)
[1] Aluna do sexto semestre de Jornalismo e estagiário da Agência Integrada de Comunicação (AICom)
[2] Professora do curso de Jornalismo. Atua na Agência Integrada de Comunicação (AICom).