Elton Frederick aconselhou os futuros comunicadores da Escola de Indústria Criativa a buscar referências que que conversem com o seu momento de vida.
Por Giovanna Lopes [1]
Supervisão Prof.ª Sofia Franco [2]
Na quinta-feira, dia 10 de abril de 2025, os alunos do Centro Universitário FIAM-FAAM participaram de uma aula magna online com o tema “Interseções entre Comunicação Corporativa e Literatura: diferentes paradigmas sobre o uso da criatividade”, ministrada por Elton Frederick, gerente de comunicação da BRK Ambiental e autor do livro A breve vida dos cães.
Com mais de 20 anos de atuação na área da comunicação corporativa, Frederick compartilhou reflexões sobre sua trajetória profissional e sobre como a literatura tem papel fundamental na formação de um olhar sensível e criativo para os desafios do mercado. “A maior habilidade de um comunicador é a capacidade de conhecer o outro”, destacou o palestrante.
Durante o encontro, o autor trouxe à tona a realidade de mais de 32 milhões de pessoas no Brasil que ainda vivem sem acesso ao saneamento básico, tema central de sua atuação na BRK Ambiental. Ele enfatizou os impactos sociais, ambientais e de saúde pública que a ausência de saneamento provoca, principalmente entre as mulheres, o que exige uma comunicação que vá além da técnica e que dialogue com questões de equidade de gênero.
A conversa também incluiu reflexões sobre o papel da literatura como uma ferramenta poderosa de comunicação de impacto social, evidenciada em sua própria obra, que aborda equidade de gênero através de narrativas sensíveis e simbólicas. Segundo ele, o comunicador precisa desenvolver um olhar treinado não apenas para o extraordinário, mas também para o cotidiano.
“Observar o ordinário promove a criatividade. O jornalista e o comunicador precisam ter um olhar aberto para aquilo que é comum, porque é justamente aí que moram as grandes histórias”, afirmou Frederick.
Outro destaque da master class foi a relação entre criatividade e inteligência artificial. Para Elton Frederick, a IA não substitui a criatividade humana, mas pode ser uma aliada no processo criativo, desde que usada com consciência e propósito. “Nada substitui a criatividade humana, e ela só é interessante porque é limitada”, refletiu.
Por fim, o palestrante deixou um conselho aos futuros comunicadores de buscar referências que procure aquelas que conversam com o seu momento de vida.
A aula foi um convite à reflexão sobre como contar boas histórias, com propósito, empatia e olhar crítico, tornando o ponto de encontro entre comunicação e literatura.
[1] Estudante do curso de Jornalismo FMU/FIAM- FAAM, estagiária AICOM – Repórter
[2] Professora do curso de Jornalismo