Patrícia Marrese e Guilherme Alf estiveram na Semana Acadêmica para uma conversa sobre atuação na Cultura e no Entretenimento
Reportagem: Wendy Gomes [1]
Supervisão: Professor Gean Gonçalves [2]
Revisão: Prof.a Sofia Franco [3]
No dia 24 de abril, a Semana Acadêmica de Relações Públicas, realizada pela FIAM-FAAM, trouxe os profissionais Patrícia Marrese e Guilherme Alf para compartilharem suas vivências de Relações Públicas atuando na área cultural e de entretenimento.
A cultura é um dos pilares fundamentais da nossa sociedade. O seu papel vai muito além de nos entreter, ela expande a nossa compreensão do mundo que nos cerca. A literatura, arte, música e filmes nos ensinam sobre outras culturas e transmitem conhecimento e valores. Felizmente, apesar de não ser tão valorizado quanto deveria, o consumo cultural aumentou de forma significativa no Brasil. De acordo com a pesquisa Hábitos Culturais, realizada pela Fundação Itaú e pelo Datafolha, em 2023, 96% dos entrevistados participaram de alguma atividade. Em 2022, o percentual foi de 89%.
A área cultural necessita de planos de comunicação assertivos, levando os projetos para cada vez mais públicos. Com o acesso à cultura em expansão, os profissionais de Relações Públicas marcaram presença na Instituição de Ensino FIAM-FAAM para debater os desafios, vivências e a satisfação de exercer a profissão.
Os convidados iniciaram a conversa contando sobre a trajetória que percorreram na área cultural. Patrícia Marrese uniu arte e comunicação, suas duas paixões, ao criar a Marrese Assessoria. Ela acredita que não é difícil entrar na área, mas é preciso dedicação e pesquisa, conhecer caminhos de onde se quer atuar e tentar.
Guilherme Alef cresceu rodeado pela cultura, com 13 anos já ajudava no som dos shows de seu pai. Ele empreende culturalmente no mercado infantil, é CEO da Kidzhouse, um hub de conteúdo e experiências infantis. Alef considera o conhecimento profissional algo muito importante para ingressar na área cultural. O primeiro cliente nem sempre vai ser o que paga melhor, mas é o que vai te agregar experiência e, como Guilherme explicou, é aquele que vai te colocar no circuito.
Além de compartilharem as suas experiências com os discentes, Guilherme e Patrícia concordaram que trabalhar com a comunicação na área cultural é encarregar-se de sonhos. Só competência não é o suficiente, é necessário sentir conexão com o projeto e embarcar nessa paixão ao lado do artista. Um sonho envolve expectativa e frustração, deve haver respeito e dedicação por parte do profissional de comunicação.
No decorrer da conversa, emergiram dúvidas entre os alunos a respeito da crise de imagem, os palestrantes esclareceram que é importante separar uma crise do que pode vir a se tornar uma, portanto, a situação deve ser analisada previamente para, assim, minimizar os danos. Outro ponto destacado foi a importância de separar quando um ato por parte do cliente foi um crime ou, de fato, uma crise de imagem.
Ao mudar o foco da palestra para os serviços de streamings de música, Alef afirmou que “o Brasil não consome streaming, consome rádio”. O Spotify é uma pequena parte do todo, e o Brasil é muito grande. Apesar das pessoas acharem que a rádio morreu, ela sustenta o artista da música e é a forma que mais proporciona cachê, por si só esse modo tradicional de propagar a música a leva para diversos locais, inclusive, para aqueles que não possuem internet.
Para finalizar, conversamos um pouco mais com a Patrícia sobre cultura e o evento realizado pela FIAM-FAAM. A convidada comentou que os alunos foram receptivos, engajados e fizeram perguntas muito pertinentes. Também parabenizou a iniciativa da faculdade por se preocupar em trazer profissionais inseridos no mercado de trabalho para trocar experiências e networking com os alunos.
Além disso, complementando a palestra, Patrícia diz que para tornar a cultura mais visível e valorizada para o público é fundamental quebrar barreiras perante a imprensa, que é essencial para veicular uma notícia para o público. “Com um maior número de notícias e mais mídia de massa, cada vez mais pessoas da sociedade serão alcançadas e podem se interessar gradativamente por eventos culturais”.
Para fechar a entrevista, a palestrante contou o que considera mais gratificante em sua profissão. É saber que ela está acreditando no sonho de alguém e, também, fazer o artista acreditar que ele vai voar, mas vai voar no momento certo.
[1] Estudante do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM – Estagiária AICOM
[2] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[3] Professora do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM