Por Ellen Newton
Novos Negócios em Jornalismo foi o tema da mesa da manhã de quarta-feira, da Semana de Jornalismo do FIAM-FAAM. Comandada pela professora Isadora Camargo, os palestrantes debateram o jornalismo como negócio, além de destacar os limites, a inovação e os desafios da produção de conteúdo.
“Ter uma postura empreendedora [no jornalismo] é encarar um problema para resolvê-lo, e isso pode ser feito trabalhando [como funcionário] de uma empresa ou criando a sua empresa”, diz a jornalista Mariana Castro, CEO da F451 Digital, palestrante do evento.
Segundo Mariana, para se preparar para o mercado o mais importante é “estar muito bem informado sobre as novas e bem-sucedidas iniciativas do jornalismo”, além de pesquisar novos modelos de negócios buscando como, por exemplo, empresas que se diferenciam no mercado.
Modelos como o De Correspondent, jornal holandês que recebeu o maior financiamento coletivo, mais de um milhão de euros, e sobrevive com assinantes e sem publicidade desde 2013 é, de acordo com Mariana, um modelo de negócio bem-sucedido que deu certo. “Assim como outras iniciativas que são diferentes do que conhecemos que são subsidiadas por publicidade e também são prósperas.”
Lacuna do mercado
Na visão dos professores Ana Tereza Pinto de Oliveira e Marcos Nunes essa é uma oportunidade para que os alunos percebam onde está a lacuna do mercado para investir e descobrir novos caminhos para seguir carreira.
Já para os alunos, o debate de hoje é uma forma de abrir novos horizontes. Para Julia Quintal, 22, aluna do 6° semestre de jornalismo, o empreendedorismo – “abrir e manter o próprio negócio” -, é uma saída para a profissão, já que a tendência é de enxugamento das redações.
Para Gabriela Bernardes, 21, também aluna do 6° semestre de jornalismo, a mesa proporciona uma oportunidade de “aprender mais sobre a nova era do jornalismo” e entender a reinvenção da área.