Alunos de Direito, Gestão Ambiental, Relações Públicas e outros cursos da FMU e do FIAM-FAAM ganham espaço para divulgar trabalhos
Por: Marcelo de Mattos Salgado[1] e Fabíola Tarapanoff[2]
O campus Liberdade da FMU, no prédio do curso de Direito, recebeu o IV Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica FMU FIAM-FAAM no sábado, 26 de novembro. O evento reuniu alunos dos mais diferentes cursos da FMU e do FIAM-FAAM, como Administração, Engenharia Civil e Educação Física. A cerimônia de abertura contou com a presença do coordenador de Jornalismo, Vicente Darde.
Elizabeth Del Nero Sobrinha, líder do Comitê de Pesquisa e Iniciação Científica e também líder da Escola de Negócios e Hospitalidade, comemorou o significativo crescimento do evento. Foram realizadas 900 inscrições na plataforma, entre docentes, estudantes e ouvintes, além de 540 projetos registrados. No sábado foram apresentados 250 trabalhos de iniciação científica e monografias já concluídas ou em desenvolvimento de 20 cursos como Direito, Letras, Odontologia, Biomedicina, Jornalismo e Relações Públicas. Os projetos foram comentados por professores da instituição, que realizaram a moderação das dezenas de mesas.
“A procura tem sido grande. E foi possível identificar temáticas interessantes e comuns em apresentações de cursos como Educação, Administração e Comunicação como perspectivas teóricas contemporâneas sociocognitivas que relacionam conhecimento aplicado ao desenvolvimento social e cultural”, destacou. Na próxima edição ela espera um aumento no número de participantes e a ampliação do evento para mais dias ou até mesmo para uma semana. “A expectativa é também realizar parcerias com outras instituições não só de São Paulo, mas de todo Brasil”, destaca.
Para o Prof. Ms. Daniel Militão, um dos responsáveis pelo comitê de organização do evento e professor do curso de Direito, a iniciação científica possibilita preparar os alunos que têm inclinação acadêmica. ”O aluno procura só o lado profissional quando entra na faculdade e, assim, percebe que também existe essa área de pesquisa”, explica. Ele comenta que entre os temas recorrentes estão os ligados às novas tecnologias: o marco civil da internet e o direito ao esquecimento na rede mundial de computadores.
Ambiente acadêmico
Para o professor de Gestão Ambiental da FMU, Wilson Fernandes Forti, a importância do simpósio é colocar alunos de diferentes cursos em contato — algo que não ocorre no dia-a-dia facilmente. Entre os temas comentados por Wilson esteve a remediação de áreas contaminadas por lixões e outros resíduos industriais: “Há pesquisa suficiente na área. Falta mesmo é vontade política”. Seus alunos e alunas destacaram a satisfação de participar do evento enquanto tiram uma foto com o professor.
Maristela Bizarro, professora de Publicidade e Propaganda, é líder de pesquisa da Escola de Comunicação do FIAM-FAAM-Centro Universitário. Ela também organizou o I Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica na 6ª Semana de Comunicação. Segundo Maristela, os alunos dos cursos de Comunicação Social chegaram preparados para o IV Simpósio: “São 14 trabalhos que mostram o interesse e empenho dos alunos para produzir um diálogo maior. Uma grande oportunidade”, enfatiza a professora.
Ciência e utilidade pública
A aluna Mirela dos Santos, do curso de Relações Públicas, foi orientada pela professora Maria Lucia no trabalho de iniciação científica “Campanha da Aids: como o público jovem recebe essa comunicação governamental”. De acordo com Mirela, a oportunidade de mostrar o produto de seu trabalho diante dos colegas e professores foi “extremamente gratificante”. Mirela acredita que a área de Comunicação Social tem muito a contribuir com as ciências: “Podemos fazer pesquisas relevantes e compartilhar experiências com outras áreas. Além disso, receber as observações e elogios de professores torna tudo ainda melhor”. A aluna também indica que, agora, terá muito mais facilidade para lidar com seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
A aluna Stephani Romão, do quarto semestre de Relações Públicas, tem a mesma opinião da colega. “A importância da iniciação científica é que os alunos conseguem desenvolver melhor os trabalhos e tem mais facilidade em relacionar as diferentes disciplinas do curso. Também comecei a ver Bauman em tudo”, comenta sorrindo, ao se referir ao filósofo Zygmunt Bauman e sua teoria sobre a modernidade líquida, base de sua pesquisa “O roteiro de sucesso”. No trabalho, ela mostrou as relações entre temas presentes nos livros O código Da Vinci, de Dan Brown, Comer, amar e rezar, de Elizabeth Gilbert e a campanha da Coca-Cola como autoconhecimento e espiritualidade.
Sua professora Heloisa Pereira concorda e também afirma a importância do investimento em pesquisa acadêmica. “Quando os alunos fazem uma iniciação científica, entre outras vantagens, eles chegam mais preparados para o Trabalho de Conclusão de Curso. Com isso, evitam problemas como o plágio e compreendem detalhes como usar as referências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, explica.