Palestra com o Prof. Cal Francisco
Texto por Luana Durães Oliver [1]
Revisão e edição por Felipe da Costa Rico [2]
Supervisão por Prof. William Pianco [3] e Profa. Nicole Morihama [4]
De acordo com a 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro, de 2018, o brasileiro tem uma média anual de 4,96 livros lidos por habitante, em um país em que a porcentagem de leitores é de 52% (ou 100,1 milhões), sendo a bíblia e jornais os mais lidos, trata-se de um porcentual extremamente baixo. Por exemplo, os franceses leem 21 livros por ano, cinco vezes mais do que os brasileiros. No Brasil, 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro na vida. E o pior: o país vem perdendo leitores a cada nova pesquisa.
Em meio a tudo isso recebemos, nesta quinta-feira (27/10), durante o 4º dia da 12º Semana de Comunicação do FMU/FIAAMFAAM, uma oficina ministrada pelo professor Cal Francisco, para falar da importância das técnicas de leitura e de interpretação de texto no nosso dia a dia, seja na vida pessoal, no ambiente acadêmico ou no trabalho.
O docente de Radiojornalismo da instituição propôs essa oficina para auxiliar aqueles que possuem dificuldade de falar em público, tendo como termo técnico a “Glossofobia”, ou aqueles que adquiriram transtorno de ansiedade social. Cal citou, durante a introdução do tema, mesmo hoje em dia sendo radialista e professor, que ele antes tinha receio de se comunicar com mais de quatro pessoas. “Eu tinha medo de falar com muitas pessoas, fugia disso, ficava com a boca seca e suador”. Por isso que professor faz questão de auxiliar aqueles que sofrem com o mesmo problema diariamente.
Uma dica que o profissional citou foi de não se cobrar muito buscando a perfeição, pois não existe nenhuma apresentação perfeita. Seja em uma entrevista de emprego ou até na sala de aula, não demonstrar nervosismo é essencial, porque o mercado de trabalho necessita cada vez mais de pessoas articuladas. Para isso, ele nos deu dicas importantes como: não se isolar; ter um repertório linguístico; estudar bastante o tema; treinar e ler em voz alta.
A atual geração jovem cresceu junto com a evolução da Internet e o celular, nesse sentido, o radialista afirmou que “a rede social tem bloqueado nossa criatividade”. Isso porque acabamos optando por passar mais tempo sozinhos, apenas com os eletrônicos, do que buscando uma interação social ou ler um livro, por exemplo. Por essa razão, ele afirmou a importância de se ler constantemente. Livros como “1984”, do escritor George Orwell, foram citados como dica para ampliar o vocabulário, para que possamos nos tornar bons profissionais da comunicação e entrar no mercado de trabalho com o “pé direito”.
Após a apresentação do tema, partimos para a prática, em que cada aluno por vez foi à frente da classe, se apresentou, leu uma notícia selecionada pelo docente com o intuito de interagir com o público presente para debater sobre o tema e, no fim, cada um ficou responsável para explicar o que entendeu da pauta selecionada. Essa parte foi muito importante para que adquirissem a noção de como se portar em frente ao público, desde o modo de falar até o de se articular.
A partir daí o trabalho continuou no estúdio de TV da instituição, para que cada um, em cerca de um minuto a um minuto e meio, abordasse o tema lido anteriormente de uma forma natural sem auxílio de TP (teleprompter) ou um roteiro. Essa dinâmica fez com que o improviso fosse treinado em um espaço “seguro” para aqueles que possuem dificuldade de falar em público.
Como disse o docente, “podemos realizar as coisas com o nervosismo presente, basta apenas aprender a controlá-lo”.
[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária da AICOM.
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária da AICOM.
[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.
[4] Professora do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisora de estágios AICOM.