Por: Marcia Carolina Olegário de Jesus [1]
Revisado por: Victor Barrelo A. Ferreira [2]
Editado por: Tamires Ramos de Souza [3]
e Victor Barrelo A. Ferreira [4]
Supervisão: Prof. Wiliam Pianco [5] e Profa. Nicole Morihama [6]
Desde a evolução humana, uma coisa que difere os seres irracionais dos racionais é a comunicação. Por isso, vamos desbravar a disciplina “Teorias da Comunicação”, que é primordial no curso de Jornalismo. A professora Maria Lúcia da Silva é responsável pela disciplina no Centro Universitário FMU FIAM-FAAM e nos convida a explorar uma visão ampla, diferenciada e transformável sobre estas teorias, que dialogam não somente com os intelectuais europeus, mas também com pensadores de outros continentes.
Qual é a dinâmica das “Teorias Comunicação” para os professores e o que os alunos podem esperar desta disciplina?
O papel dessa disciplina dentro do currículo do aluno do curso de Jornalismo é abordar as questões estéticas da comunicação, persuasivas e informacionais; esse é o objetivo e está salientado em nossa ementa institucional. Os discentes terão conhecimentos sobre as escolas que deram fundamentos às teorias da comunicação. Essas escolas colaboraram para chegarmos em uma teoria que desse pilar à construção de profissões como jornalistas, relações públicas e publicitários. Estas teorias solidificaram o fundamento. Nesses estudos iremos observar com olhar estético para entendermos a história, como nasce a questão da fotografia, o cinema, a imagem em movimento, imagem em preto e branco, imagem em cores, analógica e a digital. Se conhecermos o percurso histórico e estético, isso nos ajudará a contribuir e pensar no futuro.
Nós não podemos chegar ao mercado copiando sem termos um olhar crítico, sem passar por nossa visão de conhecimento. Precisamos identificar as escolas que contribuíram com a metodologia e conceito e isso colabora para que possamos percorrer um caminho próprio e criar a nossa própria identidade.
As teorias da comunicação estudam o desenvolvimento da comunicação social, e nos auxiliam em nossas próprias representações, compreender os demais para termos as nossas, conceber o olhar estético e atingir os caminhos persuasivos que a comunicação possui.
Na ementa institucional, a disciplina tem como base argumentar acerca dos direitos humanos e as representações das minorias nas mídias tradicionais e alternativas. A disciplina trata temas transversais, debatidos em sala de aula para pensarmos em nossa representatividade.
Com isso, há muita contribuição para que os alunos aprendam a base histórica que levarão até o fim do curso, se apropriando dos fundamentos, dos relatos cronológicos e dos acontecimentos para a construção do TCC.
Sobre qual especialista devemos nos aprofundar para obtermos o melhor resultado nesta disciplina?
Devemos entender o grau de elevação de cada aluno, cada estudante tem seu tempo e por isso carecemos atender suas dificuldades. Com isso trabalhos com vários autores, começamos com Roberto Elísio dos Santos e seu livro “As Teorias da Comunicação: da Fala à Internet” é um livro simples, que atende a precisão dos educandos que estão iniciando a vida acadêmica. Quando os alunos passam para o aprendizado de Carlos Eduardo Marquioni, “Teorias Contemporâneas da Comunicação”, estão ambientados com a vida acadêmica e com isso podemos abranger outros teóricos. O mundo acadêmico é muito vasto, compreende inúmeras apreciações. Podemos introduzir diversos pensadores, pesquisadores e idealistas, já que há uma imensidão de oportunidades de leituras. Alguns exemplos são Umberto Eco, filósofo da Universidade de Milão, Herbert Marshall McLuhan, idealista da Universidade de Toronto Canadá, John Brookshire Thompson, sociólogo e professor da Universidade de Cambridge.
Já no campo das teorias do jornalismo, nos Estudos Culturais, temos que pensar que os especialistas estão nas universidades, com isso, entendemos que os mesmos estão adentro da Escola de Comunicação.
Theodor Adorno e Max Horkheimer, pensadores da Escola de Frankfurt já nos atentavam sobre a Cultura de Massas, o que tem a nos dizer sobre esse sistema?
A escola europeia e as teorias críticas se definem até os dias atuais. Por exemplo, as Teorias Críticas de Theodor Ludwig-Adorno, Walter Benjamim, filósofos e sociólogos alemães, reinam porque a nossa rota de pensamento é moldada pelos intelectuais europeus, mas quando eles trazem as teorias críticas aos meios de comunicação é compreensível, porque a cultura de massas imprime um modelo de consumo desnecessário até a atualidade. No momento, vivenciamos uma ideia que Adorno e Horkheimer retrataram em 1947. A aceleração dos processos consumistas, que não contribui com a elevação humana ou com riquezas de valores humanos, mas na compreensão de pensamentos críticos, nós podemos entender e perceber a forma como os mesmos analisaram os processos são paradigmas das teorias críticas, nós nos perdemos em grandes bens de consumos. Alguns docentes são críticos e ressaltam que os especialistas tinham o entendimento muito elitista, eurocêntrico.
Nós teríamos que nos aprofundar em especialistas latino-americanos, eles convergem com a nossa estética, conhecimentos e saberes, têm as mesmas perspectivas de observações. A análise de teóricos latinos nos aproxima de nossas ancestralidades indígenas e africanas, para que possamos compreender, enaltecer e valorizar a nossa cultura e com isso trazer estas referências para trabalharmos nossa admiração e moldarmos nosso engrandecimento.
Como exemplo de história e admiração por sua maestria, por que esta disciplina é fundamental para a senhora?
A Teoria da Comunicação é importante para que o educando possa refletir sobre a trajetória que a comunicação percorreu até o momento e para obtermos conhecimentos quando formos dissertar sobre o Trabalho de Conclusão de Curso. Nós só conseguiremos reproduzir um novo pensamento se reconhecermos o percurso que todas as teorias desenvolveram na história da profissão. Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM repórter
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM revisor
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM editora
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM editor
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estagio AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM