Exibição especial do filme com bate-papo foi uma das atividades da “Semana Acadêmica 2024 – O Futuro se Faz Presente: Experiência e Criatividade”
Reportagem: Beatriz Losito [1]
Supervisão: Professor Gean Gonçalves [2]
Na noite de 22 de abril (segunda-feira), no auditório Nelson Carneiro, foi realizado o primeiro evento da Semana Acadêmica dos cursos presenciais e EAD de Rádio e TV, Produção Audiovisual, Produção Multimídia e Artes Visuais, e dos cursos EAD Produção Cultural, Fotografia, Produção Multimídia em Realidade Aumentada e Design de Games com a exibição especial do curta-metragem “Noite de Jogos”, dirigido pela egressa de Produção Audiovisual da instituição, Stefany Taglialatela.
O evento contou ainda com um bate-papo com os membros da produção do filme, entre eles Amanda Novaes (1º Assistente de Direção), Lucas Buzzo (Diretor de Fotografia), Jill Gillespie (Montagem), Thaina Anjos (Direção de Arte), Ana Kinukawa (Distribuição) e Ian Lima (Elenco) e Simone Alves (Edição de Som).
O curta, classificado como terror juvenil e destinado ao público a partir dos 16 anos, prendeu a atenção dos presentes com sua trama envolvente e referências a clássicos do gênero como Resident Evil 4, Pânico, Silent Hill e o remake de Carrie, a Estranha.
Desafios do Cinema nacional em foco
Em entrevista, Stefany abordou os desafios enfrentados pela produção nacional de cinema, com destaque para a falta de investimento. “As formas de financiamento, apesar de terem aumentado com leis como a Lei Paulo Gustavo, nos últimos anos que aconteceram depois da pandemia, ainda são bem poucas. Nós temos um incentivo muito pequeno, principalmente com curta-metragem, curtas quase não têm janela de exibição e acabam com um investimento menor”, afirmou a diretora.
Outro desafio apontado por Stefany foi a dificuldade em alcançar o público. A curta janela de exibição dos curtas: “como tem uma janela de exibição muito pequena, é muito difícil você chegar até o público e conseguir mostrar o seu trabalho. Com consequência, é difícil conseguir patrocínio e apoio”, declarou. “Precisamos desmistificar que cinema nacional é ruim. As pessoas encaram que cinema nacional não tem qualidade, quando não, as pessoas não tiveram acesso a bons filmes nacionais”.
Terror como Espaço de Experimentação
Ao final, Stefany reafirmou sua paixão pelo gênero terror e o potencial que ele representa para produções independentes. “O gênero terror, eu insisto muito nele, principalmente em produções independentes, porque ele é um gênero que mais permite explorar. Você consegue explorar tudo dentro do audiovisual num curta de terror”, declarou. “O terror é um lugar muito divertido, inclusive eu fiquei muito feliz ouvindo a risada de vocês. Eu me divirto muito assistindo esse filme e é muito gratificante ver que quem está assistindo também se diverte”, finalizou a diretora.
[1] Estudante do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM – Estagiária AICOM
[2] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM