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Saiba como será a Semana Acadêmica dos diversos cursos da área de Audiovisual

Os cursos de Rádio e TV, Produção Audiovisual, Produção Multimídia, Produção Multimídia em Realidade Aumentada, Produção Cultural e Fotografia promovem nos dias 9, 10 e 11 de outubro a Semana Acadêmica com o tema: “Gêneros, ferramentas e o mundo do trabalho na produção audiovisual”. 

Estão previstas seis atividades para as manhãs e noites, o que possibilitará a participação conjunta dos estudantes de todos os cursos. 

As palestras e bate-papos ocorrerão sempre no Auditório Nelson Carneiro, no campus Liberdade e valem 3h de atividades obrigatórias cada. 

Dia 09/10 (manhã/9h) 

PALESTRA: Ficcionalidades televisivas e telenovelas: identidade cultural, representatividades e tempo histórico  

Sinopse: As telenovelas participam da cultura nacional há mais de 70 anos e permanecem como centralizadoras de características relevantes da(s) identidades(s) nacionais. Porém, como debater a longevidade dessas narrativas em mudanças no horizonte de suas circulações? 

Convidada: Rosane Svartman, cineasta, escritora, diretora, produtora, pesquisadora e autora de novelas da TV Globo. Rosane Svartman está à frente de projetos como “Vai na Fé” (2023), “Bom Sucesso” (2019) e “Totalmente Demais” (2015). Recentemente, Rosane lançou o livro “A telenovela e o futuro da televisão brasileira” (Cobogó, 2023) e comentará um pouco sobre a escrita do livro e a hipótese apresentada nele, fruto de sua tese de doutorado em comunicação na Universidade Federal Fluminense (UFF).  

Dia 9/10 (noite /19h) 

PALESTRA: O sensacionalismo midiático televisivo e seu lugar narrativo  

Sinopse: Historicamente a televisão foi a mídia privilegiada no Brasil para a circulação de narrativas sensacionalistas e de impacto social. Mais recentemente, essas narrativas passaram a circular em outros espaços midiáticos digitais, ganhando novos formatos como as serialidades dos true crime. O que nos leva a questão: qual o lugar narrativo do sensacionalismo midiático? 

Convidado: Maurício Stycer, autor do recente livro “O homem do sapato branco: A vida do inventor do mundo cão na televisão brasileira” (Todavia, 2023). Stycer é jornalista, crítico de TV e mestre em Sociologia pela USP, autor de outros livros como “Adeus, controle remoto: uma crônica do fim da TV como a conhecemos” (Arquipélago, 2016) e “Topa tudo por dinheiro: as muitas faces do empresário Silvio Santos” (Todavia, 2018). 

Dia 10/10 (manhã/9h) 

EXIBIÇÃO DE FILME “Afrosampas” (2020) e BATE PAPO COM OS DIRETORES 

Sinopse: No filme Afro-Sampas observamos o que pode acontecer quando músicos dos dois lados do Atlântico são colocados em contato na cidade onde vivem. Yannick Delass (República Democrática do Congo), Edoh Fiho (Togo), Lenna Bahule (Moçambique) e os brasileiros Ari Colares, Chico Saraiva e Meno del Picchia aceitaram nosso convite para um primeiro encontro no qual experimentam sonoridades, memórias e criatividades. 

3º lugar na categoria Filme Etnográfico – Média Metragem no Prêmio Pierre Verger 2022, realizado pela ABA (Brasil, 2022), selecionado para a mostra de filmes da Associação Portuguesa de Antropologia (Portugal, 2022), recebeu o prêmio de melhor longa-metragem no 44o encontro anual da ANPOCS (Brasil, 2020) e exibido no Reino Unido no festival Africa in Motion. 

Convidados: 

Rose Satiko Gitirana Hikiji, professora no Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Vice-coordenadora do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (LISA-USP). Autora dos livros Imagem-violência – Etnografia de um cinema provocador (2013) e A música e o risco (2006), co-autora de Lá do Leste (2013), co-organizadora de A experiência da imagem na etnografia (2016), Bixiga em Artes e Ofícios (2014), Antropologia e Performance (2013), Escrituras da Imagem (2004) e Imagem-Conhecimento (2009). Dirigiu ou co-dirigiu diversos filmes etnográficos, incluindo Afro-Sampas (2020), Woya Hayi Mawe – Para onde vais? (2018), Tabuluja (2017), Violão-Canção: Uma alma brasileira (2016), The Eagle (2015), Fabrik Funk (2015), A arte e a rua (2011) e Cinema de quebrada (2008). Desenvolve atualmente a pesquisa “Ser/tornar-se africano no Brasil: Fazer musical e patrimônio cultural africano em São Paulo”, em parceria com Jasper Chalcraft, com apoio da FAPESP.  

Jasper Chalcraft, pesquisador (Jean Monnet Fellow) no Istituto Universitario Europeo (EUI, Florença). Suas publicações incluem “The Making of Heritage: seduction and disenchantment”, co-editada com Camila del Mármol & Marc Morell; “Decolonizing the site: the problems and pragmatics of World Heritage in Italy, Libya and Tanzania” (Berliner & C. Brumann, eds), “World Heritage on the Ground: ethnographic perspectives”; e (com P. Magaudda) “Space is the Place: the global localities of the Sónar and WOMAD music festivals” (Festivals and the Cultural Public Sphere, L. Giorgi et al., eds). É co-diretor de AfroSampas (2020), Woya Hayi Mawe – Para onde vais? (2018) e Tabuluja (2017), indicado ao AHRC Research in Film Awards 2017, e desenvolve a pesquisa  “Ser/Tornar-se africano no Brasil: Fazer musical e patrimônio cultural africano em São Paulo”, junto ao Projeto Temático Fapesp “O musicar Local”, em pareceria com Rose Satiko Hikiji. 

Dia 10/10 (noite /19h) 

MESA DE DEBATE: Documentários e História do Cinema Brasileiro 

Sinopse: Análise crítica das contribuições do cinema documental para a compreensão da história e cultura do Brasil, destacando sua importância tanto na formação da cinematografia brasileira quanto na contemporaneidade. A relevância contínua do cinema documental como uma ferramenta poderosa na construção de discursos sobre a realidade social e a memória do país. 

Convidados: 

Giuliano Gerbasi. Formado em Rádio e TV pela UNESP. Trabalhou como assistente de edição em projetos musicais como “Skank- Ao Vivo no Mineirão”, “Titãs – Cabeça Dinossauro Ao Vivo” além de comerciais e videoclipes. Posteriormente passou a assumir a edição de projetos. Em 2014 dirigiu e editou institucionais para o grupo Latam, além de web vídeos e comerciais para a Cavalera, GQ e Natura. Em 2016 dirigiu e editou a série de 35 episódios “Guilherme Arantes – As histórias”, sobre a extensa carreira do compositor, lançada em 2018. Neste ano também editou o inédito “Desterro” de Caroline D’Ávila e Sandro Langer e realizou o documentário “Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ – 10 anos de luta”, junto a Ricardo Fogliatto e Lucas Andrade. Em codireção com Wally Araújo realizou “Amanhã”, curta-metragem experimental que integrou a abertura da Mostra do Filme Livre – 2019. Assina também a realização de “Supercordas Rumo à Terra Sem Mal”, documentário musical sobre a banda durante a gravação do que viria a ser seu último disco. Atualmente realiza seu segundo longa-metragem como diretor, “Vestígios da terra”, que é também seu projeto de mestrado profissional no curso de Mídias Criativas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor de edição da AIC – Academia Internacional de Cinema e trabalha na produção executiva e montagem do longa-metragem “A Grade” de Lucas Andrade. 

Rafael Beverari. Graduado (2010) e mestre (2015) em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo. Doutorando (2018) no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pesquisador do grupo de pesquisas (CNPQ) Imagem, Subjetividade e Teoria Social da Universidade Federal de São Paulo e integrante do acordo internacional “Trabalho no Brasil e na França: Sentido das mudanças e mudanças de sentido” (CAPES-COFECUB/ Edital N. 16/2015) com estágio de pesquisa (doutorado sanduíche) na equipe de trabalho Genre, Travail et Mobilitès (GTM), vinculado ao Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), sob supervisão de Aurélie Jeantet (Université Sorbonne Nouvelle – Paris 3) em 2020. Possui experiência nas áreas de Sociologia e Cinema, atuando principalmente nos seguintes temas: sociedade, trabalho, cinema, lutas sociais e memória. 

Dia 11/10 (manhã/9h) 

MESA DE DEBATE: Greve de Hollywood e Relações de Trabalho no Audiovisual 

Relações de trabalho na indústria cinematográfica norte-americana; A influência do desenvolvimento tecnológico nas relações de trabalho, na estética e nas linguagens do cinema; sindicalismo e movimentos sociais ligados aos trabalhadores de Hollywood; o futuro do trabalho e do emprego em audiovisual nos EUA; como esses debates estão se desenvolvendo nos espaços de cultura popular. 

Convidados 

Lena Oak Suk, doutora em História da América Latina pela Emory University em 2014, com foco em gênero e cultura popular no Brasil do início do século XX, também possui mestrado em Estudos de Cinema/Vídeo pela Emory University e bacharelado em Inglês pela William & Mary. Atualmente, Lena atua como Assistente Diretor no escritório do Vice-Presidente de Pesquisa, Bolsas e Empreendimentos Criativos da Universidade do Texas em Austin. Ela também acumula experiência como Especialista em Aprendizado Experiencial na mesma universidade e como Professora Assistente na Universidade de Louisiana em Lafayette, onde foi responsável por diversos cursos de história. 

Bruno Casalotti, bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutorando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pesquisador vinculado à linha de pesquisa de Trabalho, Política e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UNICAMP. Professor Assistente no FIAM-FAAM Centro Universitário. Atualmente, leciona disciplinas de humanidades para os cursos de Jornalismo, Bacharelado em Rádio, TV e Vídeo e CST em Produção Audiovisual. 

Dia 11/10 (noite /19h) 

Mesa de Debate: Egressos vencedores do Teorias na Tela nas premiações de Documentário 

Sinopse: Ex-alunos que conquistaram prêmios em curtas-metragens documentários no Teorias na Tela compartilharão suas experiências no desenvolvimento desses projetos de destaque. Eles falarão sobre a importância desses trabalhos não apenas em termos de reconhecimento, mas também na influência que tiveram em suas trajetórias profissionais e na formação de suas carreiras.