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Repórter da Folha fala sobre inteligência artificial e cibersegurança e se devemos nos preocupar com o futuro

Raphael Hernandes foi convidado pelo curso de Jornalismo a falar sobre tais temas no Congresso Acadêmico da FMU FIAM FAAM

Reportagem: Maria Eduarda [1]  

Supervisão: Prof. Gean Gonçalves [2] e Prof. Wiliam Pianco [3]

Tem-se tornado frequente o debate sobre inteligência artificial e suas aplicações, mas com toda inovação tecnológica, é normal que uma parte da população fique temerosa com o avanço e pense se de fato vale a pena e quais são os benefícios para a sociedade. Para esclarecer algumas dúvidas nesse sentido, o Congresso Acadêmico recebeu na quinta-feira, 18 de maio, no auditório Ulysses Guimarães, o jornalista e repórter especial da Folha de S. Paulo, Raphael Hernandes, que palestrou sobre o tema “Inteligência artificial e cibersegurança: devemos nos preocupar com o futuro?”. 

Hernandes trabalha com análise de dados e na cobertura de tecnologia, com foco em cibersegurança, inteligência artificial e metaverso. Na ocasião também estavam presentes o professor William Pianco, que fez as primeiras saudações aos presentes, e o professor Gean Gonçalves, que mediou toda a palestra ao lado do jornalista.  

Foto: Maria Eduarda/AICOM

Segundo Raphael, a inteligência artificial não é uma novidade em absoluto: “a primeira menção em evento acadêmico sobre o tema foi em 1955… em um evento que eles criaram movidos pela seguinte pergunta “será que as máquinas conseguem pensar?”, e foi aí que começou toda essa teoria. E muito do que a gente está vendo hoje, foi criado mais ou menos nessa época”. Além disso, Raphael Hernandes ressaltou que muitas ideias e conceitos que só estão sendo aplicados agora, já existiam há bastante tempo. Ele trouxe como exemplo o chatbot chamado Elisa, criado em 1960, com a função de operar como um psicanalista, que virou moda na época, fazendo com que as pessoas imaginassem que realmente estavam contando seus problemas em uma conversação real.  

Durante a palestra, o repórter usou muitos exemplos a respeito do ChatGPT, assistente virtual inteligente no formato de chatbot desenvolvido pela empresa OpenAI. Ele tem sido muito usado para o ajudar na organização de tarefas e agilizar alguns trabalhos. Porém, Hernandes ressalta que o assistente apenas “ajuda” e não faz o trabalho sozinho. É preciso ter bom senso e entender que a tecnologia é prática para quem está disposto usá-la da forma correta e não para quem procrastina.  

A cibersegurança também foi um assunto citado pelo convidado e considerado demasiadamente importante nessa nova fase da tecnologia. Antes, as pessoas viam uma barreira entre o mundo real e o virtual, onde um não afetava o outro, mas, com essa proximidade cada vez mais forte, tudo que está no virtual pode também impactar nossa vida offline.  

Sobre isso, Rafael falou que “hoje, essa barreira, está desaparecendo, praticamente não existe mais. Você consegue fazer um ataque de vírus que pode travar o oleoduto, que transporta gasolina para todo um estado… Casos de roubo financeiros, fraldes, podem afetar toda nossa vida se ela estiver no digital. Se alguém aponta uma arma pra mim e leva todo o dinheiro da minha carteira, ou se me rouba através do meu aplicativo do banco, o impacto dos dois vai ser o mesmo, ou até mais se for no digital.” 

Hoje, existem diversos meios de prevenção à ataques de cibercriminosos, porém, é importante ressaltar que esses ataques geralmente ocorrem por incongruência dos próprios usuários ao deixarem que seus dados sejam facilmente acessados ou vazados. 

Com todas essas informações, Raphael, na função de jornalista, fala de a importância desse profissional estar atento aos vieses que a IA (inteligência artificial) possui por trás do seu desenvolvimento ou programação, e como ele deve estar atento para informar a população com qualidade. 

O evento terminou com as perguntas de alguns participantes e com os agradecimentos do professor Gean Gonçalves pela presença do repórter da Folha na FMU | FIAAM. Abordado pela AICOM, Gean deu um balanço do evento e como foi feita a escolha do convidado da noite.

 

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – repórter.   

[2] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.   

[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.