Consultora Fernanda de Almeida abordou as dificuldades de uma comunicação interna educativa em ambientes organizacionais
Reportagem: Gabriel Casusa [1]
Edição: Larissa de Lima [2]
Supervisão: Prof. Gean Gonçalves [3] e Prof. Wiliam Pianco [4]
Na aula magna do primeiro semestre de 2023, os alunos do curso de Relações Públicas tiveram a oportunidade de aprender com Fernanda de Almeida sobre relações públicas educativas, a comunicação além do setor da comunicação. A convidada é consultora em relações públicas e marketing, doutora e mestra em comunicação e bacharel em Relações Públicas pela Unesp, além de especialista em comunicação e planejamento estratégico pela Universidade de Salamanca (Espanha) e conselheira do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas 2ª Região.
Fernanda deu início a aula contextualizando as relações públicas educativas como um caminho a ser trilhado, todos em uma empresa vão precisar se comunicar, o que será melhor quando todos forem ensinados a como ter essa comunicação.
“As relações públicas educativas atuam para desenvolvimento das competências comunicacional, informacional, digital e midiática nos empregados das organizações”.
Em muitos casos os ambientes organizacionais são muito autoritários e antidemocráticos, o que faz com que seus funcionários cada vez menos se posicionem, como por exemplo em reuniões, em que todos preferem se manter em silêncio no lugar de se expressar. No cotidiano, essa falta de posicionamento pode causar dificuldades no fluxo de trabalho da empresa.
“Para que as pessoas se comuniquem de forma bidirecional, o ambiente tem que permitir, tem que ser um espaço democrático e dialógico”.
Dando sequência, Fernanda destacou: “Tudo que está envolvido na interação dos empregados com os demais públicos de uma empresa, comunica e cria significado”. Segundo Almeida, falas ditas por funcionários, podem cair sobre a empresa que eles representam e com as redes sociais cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade, casos de empresas que acabaram sofrendo por falas de seus funcionários se tornaram mais comuns, para se prevenir desses acontecimentos, a empresa deve sempre orientar seus funcionários: “Proibir não é o melhor caminho, o caminho é orientar”.
No fim de sua exposição, Fernanda de Almeida mostrou as cinco premissas de como as relações públicas podem adotar a perspectiva educativa em sua atuação, sendo elas:
- 1 – Leitura do ambiente;
- 2 – Incentivar a criação de espaços e oportunidades de diálogo;
- 3 – Incentivar o desenvolvimento das competências em comunicação;
- 4 – Educar não é instrumentalizar;
- 5 – A comunicação deve ser uma preocupação de todos.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – Repórter
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – Editora
[2] Professor do curso de Jornalismo, supervisor de estágios AICOM
[3] Professor do curso de Jornalismo, supervisor de estágios AICOM