NERD 12

Sociedade em rede: a nova forma de viver

Texto: Thamiris Ferreira [1]

Edição: Igor Uliana [2]

Supervisão: Prof. Wiliam Pianco e Profa Nicole Morihama [3]

Já ouviu falar do termo “Sociedade em rede”? Esse conceito foi criado nos anos 70 e é mais atual do que nunca!

No dia 04/11 o NERD (Núcleo de Estudos das Redes Digitais) promoveu um encontro para discutir o tema “Sociedade em rede hoje: entre o individualismo e as redes sociais”. O estudo foi conduzido pelo professor Vinicius Mendes, que explicou as teses criadas pelo sociólogo Manuel Castells em seu livro e mostrou como elas estão inseridas no nosso contexto atual.

Em primeiro lugar é preciso entender do que se trata o conceito “sociedade em rede”. Segundo o professor Vinicius, “é essa sociedade que não se comunica mais ao local de forma restrita à sua posição física e geografia. Ela é um conjunto de processos que permitiu que as relações fossem dadas mais à distância (em rede) do que presenciais”.

Se antes as pessoas estavam limitadas à sua localização para que houvesse uma comunicação, com o surgimento da internet houve uma libertação do espaço físico. Ou seja, mesmo não estando presencialmente com uma pessoa, você consegue se relacionar com ela. Isso, porque a internet chegou interligando o mundo inteiro em um único lugar: na rede.

A partir disso, criamos outra forma de viver em sociedade. A sociedade em rede que, inclusive, é muito mais do que estar conectado à internet. É o fato da socialização, por excelência, ser feita em rede.

Essa nova forma de viver trouxe benefícios muito relevantes, como a flexibilização do trabalho e a globalização do capital.

Hoje, é possível comprar qualquer coisa, de qualquer lugar do mundo com um único clique! É possível até investir capital na bolsa de valores por aplicativos de celulares. Sem contar as transferências bancárias que ocorrem a todo o tempo.

Isso nos leva a acreditar que todos os indivíduos estão inseridos nessa rede, “mas é importante lembrar que a internet e a realidade se confundem o tempo todo”, ressaltou o professor.

Por isso, ao utilizá-la, é necessário ter cuidado com o individualismo das relações sociais, pois, ao mesmo tempo em que acreditamos que todos estão dentro dessa rede, existe sim uma exclusão. A aluna Larissa de Lima contribuiu dizendo: “um dos candidatos à presidência em 2022 alegou nos debates que a defasagem educacional da pandemia seria solucionada com aplicativos no celular, não considerando pessoas sem internet e aparelhos adequados”.

Considerando que vivemos, além de tudo, em um sistema capitalista, ter consciência social é um pilar que vai definir o bom funcionamento dessa sociedade que se afirma.

Devemos então encontrar um equilíbrio entre os benefícios e malefícios nessa nova “forma de viver”. Ao mesmo tempo em que viver em rede favorece a manutenção dos laços fracos, também se cria laços fortes. Da mesma forma que é bom considerá-la uma rede flexível e cambiante, por outro lado, temos o problema da modernidade líquida, onde nada se solidifica e se perpetua.

Fato é: estamos diante de uma grande fonte de informação que fornece amplo grau de liberdade e independência aos usuários, fazendo com que essa revolução tecnológica impacte todos os setores da sociedade.

[1] Estagiária de Jornalismo AICom

[2] Estagiário de Jornalismo AICom

[3] Supervisor de estágio Jornalismo AICom

[4] Coordenadora do curso de Jornalismo FIAMFAAM