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Assessoria de imprensa e televisão: um mercado em busca da diversidade

Reportagem: Emilly Domingues e Rafael Alves dos Santos Guimarães [1]

Supervisão: Prof. Wiliam Pianco [2] e Profa. Nicole Morihama [3]

Na manhã de quarta-feira, 27/10, foi realizada mais uma palestra da 12° Semana de Comunicação da FMU FIAMFAMM, e contou com a presença da criadora da Mídia Pente Fino e Jornalista da TV Cultura, Kelly Santos, que abordou um tema de grande importância: “Assessoria de imprensa e televisão: um mercado em busca da diversidade”. O encontro foi mediado pela docente Maria Lucia da Silva.

A convidada trouxe sua perspectiva sobre o jornalismo brasileiro e sua experiência como pauteira do programa Estação Livre, na TV Cultura, como suas vivências a levaram a participar de uma programação onde tem um dos seus focos sendo a representatividade negra. Kelly nos conta como funciona o papel da pauta em questão de pesquisas e as perguntas que levam ao seu fim, como a procura de pessoas que trazem esta representatividade para o público é importante. Em especial, convidados e especialistas negros retintos e outras diversidades ajudam a tornar o conteúdo mais atrativo e abrangente para o seu público, mostrar como essa diversidade está inserida em nosso cotidiano é fundamental e nos mostra a importância de manter o olhar atento no coletivo.

Falando mais sobre o programa onde trabalha, Estação Livre, ele foca em ser um programa livre para todos, porém dando enfoque na população negra e suas demandas. Tudo é pensado, as roupas de suas apresentadoras (que são todas negras retintas), a maquiagem, o sapato que usam, tudo minuciosamente pensado para exaltá-las. O programa também foca em, sempre que necessário, trazer alguém de alguma área específica como especialistas ou buscar por pessoas negras, indígenas ou LGBTQIA+, não apenas por serem desses grupos, mas para colocá-los também nos holofotes do mundo, trazendo representatividade.

A jornalista nos contou um pouco da sua experiência recente e especial com a atriz Viola Davis e a entrevista que foi dada para a TV Cultura,  como foi essa procura pela atriz e as exigências da assessoria de imprensa no Brasil e todos os impasses e realizações para conseguir uma entrevista com uma atriz de importância internacional.

O estilo do programa é como se houvesse diversos vídeos de reportagens feitos pelos repórteres do programa, estilo documentário, sem OFFs e com o entrevistado colocando a pergunta na própria resposta para ficar algo mais dinâmico. Ainda falando sobre o trabalho de Kelly como assessora, ela trabalha muito com pautas, muitas pesquisas, conversas e reuniões.

Em sua experiência com assessoria de imprensa e a sua empresa, Mídia Pente Fino, a jornalista mostra como é importante pensar em uma pauta diferente para cada mídia, na prática é como relações públicas com os jornalistas, saber diferenciar esses jornalistas e os jornais que eles trabalham é necessário para conseguir acesso para seus clientes. Como veículos impressos ainda são muito brandos na questão de pautas de diversidade e ao saber diferenciar ajuda na criação e a entrega de um bom trabalho ainda focado na diversidade. É importante saber a hora e o momento nessa profissão.

[1] Estagiários de Jornalismo AICom

[2] Supervisor de estágio AICom

[3] Coordenadora do curso de Jornalismo FIAMFAAM