Em sua participação, Haddad discorreu sobre a temática proposta, mas não avançou quanto às expectativas sobre a sua candidatura para o próximo pleito eleitoral.
Por: Cleide Silva de Carvalho [1]
Eryka Rodrigues [2]
Supervisores: Prof. Wiliam Pianco [3] e Profa. Nicole Morihama [4]
A fila no hall da Casa Metropolitana do Direito, no bairro da Liberdade, em São Paulo, de início já indicava que o evento da noite era bastante aguardado. Liberado somente para convidados com o nome na lista, houve conferência na entrada do prédio e no acesso ao auditório; segundo a equipe de segurança, a medida foi apenas por precaução.
A expectativa para a palestra que teve o professor, advogado, ex-ministro da Educação, ex-prefeito da cidade de São Paulo e atual pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, era notável entre os espectadores que lotaram a plateia e efusivamente o aplaudiram quando foi anunciado pelo professor e Vice-Presidente do Centro Universitário FMU FIAM-FAAM, Manuel Nabais da Furriela. A mesa foi composta por Diretores Acadêmicos e docentes, e também contou com a presença do professor Dr. Gabriel Chalita, destaque entre os presentes.
Respeitando o tema proposto, “Política na Sociedade da Informação”, Haddad assumiu o evento como uma verdadeira aula magna e, entre passagens históricas, discorreu sobre democracia, informação e liberdade, passando pela Roma Antiga, Grécia Antiga, as Grandes Guerras, Crise de 1929 – consequência da grande expansão de crédito por meio de oferta monetária, ocorrida naquele ano –, a Ditadura Militar no Brasil e o momento atual.
“Não existe política sem Sociedade da Informação. Desde que política é política, a boa informação é a base na tomada de decisão. Onde quer que haja participação, você tem que ter os canais de comunicação e informação suficientemente desobstruídos para que a vontade coletiva se forme”, disse Haddad na abertura de sua apresentação.
Apesar do rico conteúdo apresentado, o entusiasmo manifestado ao início do discurso não se sustentou entre os que o acompanhavam. A plateia, que anuindo concordava com Haddad em muitas de suas falas, não demonstrou muitas reações, e a sensação era de que esperavam que o político abordasse sua pré-candidatura e falasse sobre seus aliados e adversários políticos, o que não ocorreu.
Haddad encerrou sua participação com reflexões sobre informação e democracia e libertou o público de sua apatia. Com gritos de suporte e tumulto para tirar fotos com o político na saída do auditório, os espectadores demonstraram que a baixa no entusiasmo com a palestra em nada prejudicou a popularidade do pré-candidato com os que ali estavam.
[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – repórter
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – repórter
[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[4] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM