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QUALIDADE DO SONO SE TRANSFORMA EM SEQUELA DA PANDEMIA DA COVID-19

Transformações em combate ao coronavírus elevaram índices de doenças mentais e, consequentemente, impediram de se alcançar uma boa noite de sono.

Por Lucas Gonçalves. [1] Revisão por Victoria Maria Nunes Pinheiro. [2]

Edição por Vitor Henrique Alves e Lucas Cruz. [3] [4]

“As noites de sono nunca mais foram as mesmas!” Um ditado popular que com certeza você já ouviu algumas vezes, se tornou um dos maiores efeitos das consequências da pandemia da Covid-19 quando o assunto é a qualidade do sono de grande parte da sociedade.

Em 2020, a vida em quase todo planeta mudou ao diversos protocolos sanitários em prevenção ao coronavírus serem adotados, como uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social. O confinamento, poucas ou nenhuma saída de casa, o uso excessivo de telas e auto distorção social, complementa afirmações de pesquisadores do Departamento de Psiquiatria do Brigham And Women´s Hospital nos Estados Unidos, que reitera o fator determinante para o aumento de taxas de problemas mentais.

5 mil pessoas participaram da pesquisa que comprovou que a saúde do sono, fundamental por funções restauradoras do corpo, como o reparo dos tecidos, crescimento muscular, reposição de energias e regulação do metabolismo, são fatores essenciais para manutenção e indispensáveis para um corpo e mente saudáveis.

Os sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento, acompanhado da ida mais tarde para cama, comparados aos hábitos anteriores, e um tempo menor a 6 horas de sono diárias segundo a revista Sleep Health, contribuíram para maiores riscos de serem contraídos problemas mentais registrados a partir do aumento significativo apresentado por pesquisadores.

A partir da pesquisa, foi comprovado o aumento de 30% em doenças psicológicas, como depressão e ansiedade, enquanto em menor escala, mas ainda preocupante, o número de usuários que utilizam de substâncias químicas para serem induzidos ao sono subiu em 20%. Este é, inclusive, segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), o principal escape para mais de 73 mil pessoas que sofrem de insônia no Brasil.

Ainda há estudos que buscam maiores evidências e esclarecimentos sobre como a saúde mental influencia o sono e como a falta de uma noite bem dormida, afeta a relação com o próximo, e principalmente consigo mesmo, comparados de como uma rotina saudável de sono pode influenciar na proteção para eventuais períodos de crise.

Já para o psiquiatra do Instituto Castro e Santos, e do Hospital Santa Marta em Brasília, Rafael Vinhal, afirma que o estudo americano acende uma luz de alerta para pessoas com problemas comportamentais, que se correlaciona o bom sono com estabilidade emocional, com sintomas ansiosos, depressivos, de irritabilidade e até mesmo ideação suicida.

“Para quem tem disponibilidade em apresentar transtornos mentais ou para quem tem essas enfermidades instaladas, é fundamental que haja uma priorização da qualidade do sono.”

Aderir a hábitos saudáveis além da hora e tempo correto de sono, são boas atitudes pra quem deseja alcançar o êxtase e acordar como experiência de novo.Para isso, diminuir as luzes, não levar dispositivos e telas para o quarto, e realizar a higiene do sono são algumas soluções para amenizar o problema, que além do acompanhamento médico o paciente pode acrescentar em sua rotina.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 6394520 – repórter

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 6576631 – revisora

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 7039145 – editor

[4] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 7062129 – editor