Estudos indicam que estilo de vida saudável se mostra eficaz para lidar com problemas de depressão e ansiedade durante o período de pandemia no Brasil
Por Lucas Cruz. [1]
Revisão por Victoria Maria Nunes Pinheiro. [2]
Edição por Vitor Henrique Alves e Lucas Gonçalves. [3] [4]
Após mais de um ano desde o primeiro caso de COVID- 19 no Brasil, o estilo de vida do brasileiro mudou drasticamente, estudo feitos pela Fiocruz, UFMG e Unicamp demonstraram aumentos significativos nos índices de depressão, ansiedade e consumo de álcool por parte da população brasileira. Em entrevista ao portal de notícias G1, Celia Landmann Szwarcwald, pesquisadora-titular da Fiocruz, afirmou que por razões socioeconômicas o brasileiro tem cuidado menos de sua física e mental.
O período longo de isolamento que presenciamos no ano de 2020 fez com que a população adquirisse hábitos nada saudáveis e suas vidas, houve aumento no consumo de cigarro e álcool, mais de 30% dos homens e 38% das mulheres passaram a fumar pelo menos mais 10 cigarros por dia. Metade da população continuou fumando a mesma quantidade diariamente.
No começo de 2021, o Brasil liderava no ranking mundial de casos de depressão no mundo, diversos estudos feitos nos últimos meses demonstram que a situação não tem melhorou. Em 2021 o The Lancet publicou um estudo demonstrando que as mulheres lideram os casos de ansiedade e depressão no país, isso por conta de mediações de conflitos familiares e aumento da violência doméstica fazem com que o isolamento social seja mais prejudicial para as mulheres.
Muitos jovens e adultos tem sofrido com todas essas questões, porém, há jeitos bem simples de começar a lidar com tudo isso de forma progressiva, hábitos saudáveis podem ajudar a lidar com esses problemas, comidas saudáveis e exercícios são ótimos para o corpo e para a mente, nós da FMU falamos com a Nutricionista, Bianca Lima, ela nos informou alguns dos benefícios da alimentação saudável em nossa vida. “Existem alguns alimentos que ativam a serotonina em nosso cérebro, como por exemplo, banana, brócolis, batata, uma alimentação que não seja rica em carboidratos refinados também ajuda”, afirmou.
Houve um aumento considerável no sedentarismo entre os jovens durante o período de pandemia, o levantamento realizado pela Fiocruz, UFMG, Unicamp aponta que no ano passado foram entrevistados 44.062 brasileiros, 62% dos entrevistados deixaram de fazer qualquer tipo de exercício durante a pandemia.
Fonte: G1/ Créditos na imagem
Para tentar reverter esse quadro algumas pessoas começaram a frequentar parques públicos como um jeito para começar a praticar exercícios, o campeão de fisiculturismo, Gabriel Barbosa nos conta quais são os efeitos preliminares que pode haver no cérebro de uma pessoa que começou a se exercitar frequentemente. “Pessoas que praticam exercícios físicos regularmente tem a liberação dos seguintes hormônios no cérebro, noradrenalina, serotonina e dopamina, esses hormônios trazem uma sensação de bem-estar em nosso corpo, ‘sensação de dever cumprido’, é fundamental que pessoas que possuem depressão e ansiedade pratiquem exercícios físicos por conta da liberação desses hormônios”, afirmou
A melhor forma de passar por esse período difícil de pandemia é através da mudança de hábitos, quando adquirimos hábitos saudáveis nosso corpo reage de uma maneira bem melhor, “Pessoas que praticam exercícios, regularmente, terão os seguintes efeitos no corpo, além da sensação de bem-estar, haverá uma qualidade de sono melhor e mais foco no dia a dia”, ele complementa.
Grande parte da população brasileira aderiu muito aos aplicativos de delivery, aumentando consideravelmente o número de vendas em restaurantes fast-food, a preguiça de preparar seu próprio alimento se tornou algo recorrente no cotidiano do brasileiro, mas, por mais que as pessoas saibam que fast-food não nos traz benefícios a situação bem mais alarmante quando se trata desta indústria alimentícia, muitas pessoas se sentem viciadas em fast-food, porquê a industrias utilizam métodos para fazer as pessoas se viciarem em comida rápida e processada, “As indústrias alimentícias sempre busca desenvolver alimentos que geram sensação de prazer e bem estar, os fast foods liberam hormônios da serotonina e dopamina, são eles os responsáveis pela sensação de prazer no nosso corpo. Por isso esses alimentos podem viciar”, Bianca afirma.
A população brasileira ainda está se recuperando dos efeitos negativos causados pela pandemia e pelo distanciamento social, mas estudos comprovam que hábitos saudáveis são importantes e essenciais não só para a questão física, mas também
questões psicológicas. Muitas pessoas afirmam não fazer atividades físicas por conta de falta de tempo para ir à academia, mas, existem outros meios de se fazer exercícios, que são até mesmo mais seguros do que o ambiente fechado da academia como por exemplos, os parques públicos, Gabriel nos deu alguns exemplos que podem ajudar as pessoas á fazerem exercícios ao ar livre.
“Existem diversos exercícios que podemos fazer ao ar livre, no parque, até mesmo no quintal de casa, polichinelo, burpe, poli frontal, e temos agora uma nova modalidade no Brasil, onde muitas pessoas estão aderindo é a calistenia […] todos esses exercícios trazem excelentes resultados”, Finaliza.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 7062129 – repórter
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 6576631 – revisora
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 7039145 – editor
[4] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, RA 694520 – editor