O aumento contínuo nos postos vem causando revolta e adequações na vida da sociedade
Texto por Igor Uliana [1] e Rebecca Zampini [2]
Revisão por Camilly Vairo [3]
Edição por Camilla Andrade [4]
Supervisão por Prof. Wiliam Pianco [5]
Reportagem produzida para a disciplina de Jornalismo Digital
Desde o início do ano o preço do combustível vem aumentando gradativamente nas refinarias e postos de combustível. As consequências desse aumento estão afetando negativamente a vida dos paulistanos, que obrigatoriamente tiveram que mudar seus hábitos ou se adequar aos novos valores.
Toda essa variação de preço é decorrente do alto custo do barril de petróleo que é influenciado pela valorização do dólar. Apesar do Brasil ser uma referência da extração de combustível fóssil e produção de gasolina, o país ainda é dependente da importação para abastecimento.
Ao pensarmos no valor cobrado na hora do abastecimento, o preço envolve muito mais do que apenas o líquido. Em um gráfico disponibilizado pela Petrobras, podemos ver que cinco componentes estão inclusos:
ICMS | DISTRIBUIÇÃO E REVENDA | CUSTO ETANOL ANIDRO | CIDE e PIS/PASEP e CONFINS | REALIZAÇÃO PETROBRAS |
R$ 1,75 | R$1,00 | R$1,05 | R$0,69 | R$2,81 |
*Dados de 1 de maio 2022 a 7 de maio 2022
Apesar do constante aumento no preço do combustível, o salário mínimo continua baixíssimo (R$1.212,00) e não supre todos os gastos necessários. Esse efeito é totalmente visível quando analisamos a quantidade de serviços afetados com esse desbalanceamento. De acordo com a motorista de aplicativo Andréia Carmassi, foi preciso fazer diversas adaptações em seu trabalho como: evitar se deslocar muito, procurar postos mais baratos, fazer apenas corridas que compensam e também a troca da gasolina pelo etanol.
Uma constante reclamação nos dias de hoje é o cancelamento de corridas em aplicativos de transporte, o que é um reflexo dos aumentos. A usuária de carros de aplicativo, Kátia Outa, nos revelou que o preço das corridas sofreu um aumento de aproximadamente 30%. O valor que era de R$13 (em média) passou a custar R$16 e ainda conta com uma maior demora de aceitação, já que a corrida é curta.
Com o avanço da tecnologia, a busca por automóveis híbridos ou elétricos cresceu. Apesar das diversas vantagens como: redução de gases poluentes, custo mais baixo e não necessidade de abastecimento, o meio ainda não é acessível para todos já que é considerado um artigo de luxo. Veja a tabela comparativa de gastos entre um carro comum e um elétrico:
X | PREÇO | GASTOS |
CARRO POPULAR | ≅ R$35.000,000 | Gasolina à ≅ R$7,00 (o litro) |
CARRO ELÉTRICO | ≅ R$143.000,000 | Carregamento da bateria ≅ R$1,50 (o KWh) |
Mesmo com a queda no valor do dólar e o valor do barril de petróleo em baixa, o preço nas bombas não tem uma redução, para alguns usuários foram necessárias algumas adequações, como nos contou o professor de natação Thiago Zampini que precisou realizar cortes em outros pontos para poder continuar utilizando o carro para trabalhar.
Existem rumores que o governo federal quer privatizar a Petrobras, porém existem movimentos contras e a favor dessa privatização, mas não sabemos como isso irá afetar a população brasileira com relação aos constantes aumentos.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM FAAM
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM FAAM
[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM FAAM
[4] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM FAAM
[5] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM FAAM, supervisor de estágios AICOM