Por: Breno de Araujo Silva [1]
Edição: Cleide Silva de Carvalho [2]
Supervisores: Prof. Wiliam Pianco [3] e Profa. Nicole Morihama [4]
Não é novidade que a pandemia impôs algumas dificuldades para a sociedade e alterou a rotina da população. Entretanto, assim como em tudo na vida, as pessoas tiveram que se adaptar e acabaram se encaixando em uma nova realidade. As instituições de ensino, por exemplo, também vivenciaram essas mudanças e de uma hora para outra tudo passou a ser online e um bom exemplo disso são os eventos institucionais, que até o momento ainda estão sendo feitos em ambiente virtual.
Cada vez mais, a tecnologia está fazendo parte da vida humana e há um bom tempo que passou a ser algo que está inserido na realidade da população. Contudo, o contexto que a pandemia trouxe, acabou acelerando ainda mais esse processo, visto que o distanciamento social era essencial no auge da crise e isso fez muitos setores adotarem o uso de plataformas digitais para, na medida do possível, dar continuidade aos seus compromissos.
Diante disso, um grande leque de possibilidades foi aberto e com isso surgiu a oportunidade de poder contar com a presença de convidados especiais, que em condições normais de um evento presencial, dificilmente poderiam confirmar sua presença.
Tudo isso pode abrir espaço para uma grande reflexão, pois o sucesso obtido nessa modalidade de evento institucional pode levar a algumas mudanças. Muitos organizadores já podem pensar em manter esse tipo de evento, para que convidados com a agenda muito apertada possam continuar participando e repassando suas experiências com profissionais em formação. Dessa forma, uma boa alternativa seria mesclar as duas formas de realizar os eventos e com isso poder proporcionar para os alunos maiores oportunidades de obterem trocas de informações, com pessoas que já possuem bagagem em suas respectivas áreas.
O professor, Benedito Moraes, que se formou em Jornalismo no Universidade Braz Cubas, em Mogi das Cruzes/SP, realizou o mestrado em Comunicação e Mercado na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, e hoje faz doutorado em Sociologia, Mídias Sociais e Imigração na Universidade de Coimbra (Portugal) deu sua opinião sobre o assunto.
“Esse é o plano da maior parte de empresas que temos como clientes na nossa agência de comunicação. Tanto os empresários como os palestrantes perceberam que podem aproveitar dessa nova forma de eventos institucionais e participação. Ou seja, assim como muitas universidades e empresas decidiram por manter seus colaboradores de forma remota, a tendência é parte de esses eventos serem transformados em eventos remotos. Há vantagens e desvantagens, tanto para um lado como para outro. Além da questão financeira e infraestrutura para realização de eventos, há ainda, em casos específicos, pessoas que são de outros estados e outros países.” E completou dando um exemplo real para confirmar sua resposta.
“Por exemplo, o Núcleo de Estudos das Redes Digitais (NERD) do qual faço parte junto com os professores Wiliam Pianco e José Carlos Francisco realizou no final do semestre passado algumas palestras com vários pesquisadores de universidades de outros estados brasileiros e de uma pesquisadora da Universidade do Minho, em Portugal. Para o dia e hora marcado, muito provavelmente esses pesquisadores não poderiam estar aqui, porque estariam demasiado distantes e o processo teria de ser planejado por muito mais tempo, seja para adequar as agências e períodos de presença no Estado de São Paulo e Pais (caso do pesquisador da UFMG e da pesquisadora de Portugal). Assim, a palestra online fez enorme diferença para contarmos com a presença deles em nosso núcleo para debater seus projetos de pesquisa e estudos”, concluiu o docente.
Outro bom exemplo que pode ser citado é o caso do jornalista esportivo Paulo Vinícius Coelho, que atualmente trabalha na Rede Globo como comentarista de futebol. Em 15 de abril de 2021 compareceu a um evento organizado pela docente Nadini Lopes, do curso de Jornalismo do Centro Universitário FMU FIAM |FAAM. Na oportunidade, o renomado jornalista contou sobre sua carreira e dividiu sua vasta experiência na área, além de responder perguntas feitas pelos alunos.
Com isso, pode-se afirmar que se caso fosse um evento presencial, muito provavelmente os alunos não teriam a oportunidade de ter uma palestra de uma figura tão importante, visto que precisaria encaixar a programação do evento com as datas disponíveis de um profissional que possui poucos dias disponíveis.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – revisor
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – editor
[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[4] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM