Nera saude mental

NERA: Saúde mental de jovens negros é pauta de última palestra de 2022.1

Por Gabriel H. A. Campagnoli [1]

Edição por Gabriel H. A. Campagnoli [2]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [3] e Prof. Nicole Morihama [4]

Coordenador da ANPSINEP, convidado do NERA, fala sobre saúde mental de jovens negros e negras dentro da universidades

Na última quarta-feira (25), o NERA (Núcleo de Estudos Étnicos Raciais) do Centro Universitário FMU FIAM FAAM, coordenado pela Professor Maria Lucia, promoveu a última palestra do semestre, com o Coordenador geral da ANPSINEP (Articulação Nacional de Psicólogas/os Negras/os e Pesquisadoras/es), psicólogo e mestre Psicologia e Sociedade pela UNESP (Universidade do Estado de São Paulo), Igor Ribeiro, para falar sobre “Saúde Mental de jovens negros e as vivencias raciais na universidade”.

No início do encontro, o convidado falou sobre sua experiencia acadêmica e como se deparou com o ambiente universitário. “Estava me formando em uma Universidade que está me preparando para ser um psicólogo avisado com os problemas sociais, os problemas que plasmam a sociedade, porém a leitura desses problemas sociais não envolvia a leitura do racismo e não envolvia a população negra brasileira”, contou o coordenador.

Para o professor, a falta do debate sobre a população negra nas universidades, faz adoecer os estudantes negros dentro das instituições de ensino superior. “Isso por si só, no meu entendimento, na minha leitura, é um fator de adoecimento para quem está em formação. Principalmente para nós estudantes e profissionais negras e negros, que nos vemos tão solitárias e solitários nessas instituições que são sobrerepresentadas pela população branca”.

Quando se fala em saúde mental de negros e negras na universidade, segundo o professor, também se deve falar da inclusão dessa população dentro das instituições. “A inclusão desses estudantes na universidade. Porque se antes a instituição estava restrita a um grupo restrito de estudantes, sobretudo brancos, que tiveram acesso a uma boa escola, uma boa formação”, para o professor, as políticas de cotas raciais, ProUni (Programa Universidade Para Todos), ReUni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), foram ferramentas importantes para a inserção dessa população dentro das universidades.

O professor também comentou sobre as leis de cotas e o uso indevido por pessoas não negras, ou seja, candidatos que burlam do sistema para se aproveitarem. “As políticas de ações afirmativas, estão completando agora 10 anos e tem passado por diversas atualizações sofisticadas, inclusive pelas bancas de aferição”, para Igor, a realização de concursos sem as bancas de aferição é deixar brecha para as fraudes no sistema.

O encontro aconteceu de forma remota através da plataforma de reuniões online, zoom, e os alunos que participaram garantiram 5h de atividades complementares. Para aqueles que perderam o evento, pode acompanhar pela gravação no link https://shre.ink/8bf.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – editor

[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[4] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM