Por: Guilherme Augusto de Lima Faria [1]
Supervisão: Prof. Wiliam Pianco [2] e Profa. Nicole Morihama [3]
Muitos de nós já utilizaram um Uber em algum momento da vida. Antes da pandemia do Coronavírus, muitas pessoas contratavam o serviço diariamente — inclusive esta pessoa que vos escreve —, porém com a chegada do vírus tudo mudou. De repente o número de carros diminuiu, houve a necessidade de usar álcool em gel, máscara e não era mais permitido sequer sentar-se no banco da frente.
Dois anos após o início da pandemia, a vida está aos poucos retornando à sua normalidade. Muitos locais públicos já flexibilizaram o uso de máscaras e vê-se cada vez menos pessoas utilizando-as. Ocorre que em alguns locais, como hospitais, farmácias e transporte público, ainda faz-se necessário o uso das mesmas.
Segundo o site da Uber: “Todos os usuários e motoristas devem usar máscara quando usarem o app da Uber”, contudo segundo o Portal G1, neste mês a empresa tornou facultativo o uso de máscaras para motoristas e passageiros em cidades onde não há mais a exigência do uso em transportes individuais privados. Entretanto, além de indicar o contrário em seu site, a empresa ainda sugere o uso da máscara em seu aplicativo quando uma corrida é solicitada.
(Reprodução: Aplicativo Uber)
Para entender um pouco mais sobre como está sendo esse momento de flexibilização, conversamos com Kayque Moreno, 28 anos, motorista da Uber há 1 ano e meio. Kayque encontrou na Uber uma forma de garantir seu sustento após ser demitido da empresa onde trabalhava, em Taboão da Serra. Como iniciou seu trabalho na empresa em meio à pandemia da Covid-19, Kayque tem acompanhado de perto todo esse cenário, desde a restrição até a flexibilização e relatou como tem sido trabalhar em meio a este panorama.
Ciente do cenário pós pandêmico no qual vivemos, Kayque sabe que todo cuidado é pouco. Por isso, ele diz estar sempre atento quanto à higiene, tanto a sua própria: “Eu tento me cuidar ao máximo, sempre utilizando máscara quando estou dentro e fora do veículo. A cada 2 horas de trabalho faço a troca da minha máscara para uma nova”, quanto a do veículo que dirige pelas ruas de Taboão da Serra: “Tento sempre manter meu veículo limpo e higienizado para minimizar o risco de ser contaminado pelo vírus da Covid-19”.
Segundo Kayque, o decreto do governador na época, João Dória, retirando a obrigatoriedade do uso das máscaras em locais fechados, impactou diretamente em seu trabalho. Visto que os passageiros começaram a retirar as máscaras, mesmo sem um comunicado oficial da Uber dizendo que também poderiam retirá-las nos veículos. “Já pedi inúmeras vezes para os usuários colocarem suas máscaras. Porém, depois do decreto que o governador assinou retirando o uso de máscaras em ambientes fechados, os passageiros acharam que não era mais preciso usar, mas a Uber também é um ‘veículo de transporte público’, ou seja, é obrigatório o uso de máscaras dentro do carro”.
(Reprodução: Twitter)
Kayque estima que apenas 30% dos usuários que solicitam seus serviços atualmente utilizam a máscara e alerta quanto ao risco, pois mesmo com o avanço da vacinação no Estado de São Paulo, a pandemia ainda não terminou. Logo, se alguma pessoa com os sintomas do Coronavírus solicitar uma corrida, poderá afetar a todos os passageiros posteriores a ela. “As pessoas acham que a pandemia já acabou. Acham que podem sair para qualquer lugar sem máscara”, narra Kayque.
A Uber segue solicitando a seus motoristas que utilizem a máscara durante o período de trabalho: “Diariamente recebemos mensagens da Uber. Tanto o motorista, quanto o usuário, a respeito da segurança contra a Covid-19. Somos obrigados todos os dias a confirmar que estamos utilizando máscara por meio de foto”, informa Kayque.
A pandemia do Coronavírus ainda não acabou. Portanto, devemos fazer a nossa parte e seguir mantendo os devidos cuidados, seja no Uber, ônibus ou metrô. Só assim poderemos superar esse momento difícil e seguir em frente.
Referência:
Uber. Segurança. Uber, 2022. Disponível em: <https://www.uber.com/br/pt-br/safety/>. Acesso em: 19 de maio de 2022.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM.
[2] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.
[3] Professora e Coordenadora dos cursos de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM.