Business Week2

TECNOLOGIA, INVESTIMENTOS, SAÚDE E BEM ESTAR SÃO TEMAS DO SEGUNDO DIA DA BUSINESS WEEK

Por: Alessandro dos Santos da Conceição [1]

 Revisor: Breno de Araujo Silva [2]

Edição: Cleide Silva de Carvalho [3]

Supervisores: Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Na terça feira (10), o Centro Universitário FMU FIAM|FAAM realizou novos debates sobre as tendências no mercado de trabalho. Promovido pela Escola de Negócios da HECSA, na Business Week o evento contou com a moderação do professor Fábio Konishi, e na abertura o tema abordado foi a da Economia de Reputação.

O aluno Bruno Santos Henriques tratou da atuação de aplicativos que possibilitam clientes avaliarem estabelecimentos com notas sobre a qualidade dos atendimentos. Com a prática já adotada por diversas empresas, o objetivo do aplicativo  é gerar aproximação das marcas com o consumidor.

Bruno exemplificou sobre a importância desses aplicativos nessas  relações:

“ A Uber, por exemplo, tem seu próprio aplicativo sobre a reputação do motorista e a reputação do passageiro. Consequentemente, se você não possuir uma boa reputação, poucos motoristas vão querer aceitar sua viagem. Assim como você também tem a possibilidade de ver a reputação do motorista e optar por outro (optar por outro motorista caso não a pontuação dele não seja bem avaliada)”, comentou o aluno.

Para o aluno , as redes sociais também têm importante contribuição nas avaliações.

“A rede social é algo que influencia muito as nossas escolhas, a gente consegue ver quem de importante segue, se algum conhecido segue, os comentários nas publicações, e tudo isso se baseia na Economia da Reputação. Isso nos deixa mais seguro”, comenta.

A segunda convidada para as apresentações é Ana Augusta Blumer Salotti, que compartilhou experiências sobre as tendências do trabalho nômade. Salotti é formada em Hotelaria pelo SENAC, pós-graduada em Hotelaria Hospitalar pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, possui com MBA em gestão em Saúde pela UNIFESP, além de ser a grande idealizadora e principal colunista do site hotelariahospitalar.com .

 “Eu comecei a fazer pós em Hotelaria Hospitalar, pesquisando mais sobre área no Google, vi à época que tinham poucas informações. Foi aí que eu tive a ideia de criar um blog, onde eu comecei a publicar alguns dos meus trabalhos,  como meu Trabalho de Conclusão de Curso. Esse blog tomou uma proporção que eu não esperava. Em dois meses eu comecei a ser chamada para ministrar palestras e com isso vi a oportunidade de formalizar a empresa e fazer disso um negócio”, disse Ana sobre sua relação com Hotelaria Hospitalar.

Esse segmento tem por objetivo oferecer um conjunto de cuidados como bem-estar, segurança e conforto aos pacientes.

Com a nova área de atuação, Ana pôde ter autonomia para trabalhar com maior flexibilidade e percorrer novos caminhos. Com o início do Blog, ela aprendeu outros idiomas e conheceu novos países. Para ela, o autoconhecimento foi um grande diferencial:

“O mercado de trabalho vai normalmente rotular quem nós somos pelas nossas qualificações e certificados. Apesar de possuir algumas experiências CLT, isso foi algo que sempre esteve dentro de mim, essa autoconfiança de saber quem eu sou, do que sou capaz e não depender de alguém validar minha competência”, destacou.

O Crescimento do Trabalho Autônomo foi tema da discussão de Jorge Urdaneta, discente do curso de Marketing, na Instituição.

Em sua apresentação, o aluno destacou que o crescimento do trabalho autônomo vem sendo observado mesmo antes da pandemia. A necessidade das pessoas buscarem novas oportunidades de trabalho, somado à falta de reconhecimento profissional, levaram muitos trabalhadores a recorrerem ao empreendedorismo. Para ele, a pandemia acelerou o processo de crescimento do empreendedorismo.

 “Um dos recursos que temos [para acelerar o desenvolvimento do setor]  é o acesso à internet e diversas informações. Isso permite que a sociedade tenha um leque de oportunidades e, consequentemente, mais espaço para empreender, gerar a visibilidade necessária [para a prestação de serviços] e com isso expandir os negócios”, disse.

No encerramento do período diurno de debates, os alunos Luiz Henrique e Matheus  apresentaram o tema Inteligência Artificial e os Mecanismos de Gestão.

 “Para exemplificar esse sistema, temos as recomendações da Netflix, quando vamos assistir e pesquisar alguns filmes, o algoritmo coleta todos os dados do filme, como gênero, classificação etc. Diante disso, faz uma varredura no catálogo da Netflix e sugere filmes parecidos para que possamos assistir assim como na internet, quando procuramos por produtos é bem comum aparecer outras recomendações parecidas para chamar nossa atenção”, comenta o Matheus, sobre uma das vertentes da Inteligência Artificial.

No período noturno, a primeira apresentação de discentes tratou das Novas Superpotências e Inovações para o Mercado de Trabalho.

 “Colocamos a Índia como uma potência em desenvolvimento, porque ela retém seus pontos negativos e os usa como estímulo para melhorar. A Índia tem o foco no comércio internacional e deseja transformar o país numa influência do sistema político” , disse uma das discentes.

Para um segundo grupo de estudantes, a pauta foi a Cultura de Inovação.

 “A cultura de inovação é importante para que a empresa se mantenha atualizada constantemente, assim, ela vai conseguir acompanhar as tendências do mercado e estabelecer suas próprias diretrizes ao invés de ser engolida pelo fluxo de consumo externo”, destacou a aluna Valentina.

Sobre os desafios para se implementar esse conceito dentro das empresas, a aluna Joyce completou:

“A melhor forma é mostrando os resultados, os benefícios e estar preparado buscando informações e fazendo boas apresentações”, disse.

Ainda sobre tendências de mercado, Diversidade e Inclusão conduziram a apresentação do discente Samuel Justino, do curso de Ciências Contábeis.

Segundo Justino, poucas pessoas são capazes de admitir que são tendenciosas quando se trata de raça, sexo, classe social, idade ou nacionalidade. Ele destaca o quanto os vieses inconscientes tem a ver com a inclusão e diversidade:

“O que aquela pessoa sabe, suas habilidades e o que a pessoa tem, não dependem de gênero [ou estereótipos].  Nós temos que conhecer primeiro alguém para saber das suas capacidades e o que ela pode oferecer”, destacou o  aluno.

Saúde Mental foi tema abordado na participação da psicóloga, Natasha Ribeiro de Souza, que atua em atendimento clínico individual com abordagem  comportamental.

Segundo a profissional, diferente do que muitas pessoas pensam, uma boa saúde mental não significa a ausência de conflitos. Ela está associada aos recursos internos que permitem que um indivíduo solucione da melhor maneira as adversidades da vida.

A saúde mental tem sido bastante discutida na atualidade, a partir do aumento de casos do transtorno de ansiedade e síndrome burnout, atingem diretamente as nossas emoções, a concentração e o nosso desenvolvimento. Elas estão ligadas a exaustão, excesso de trabalho, estresse e podem acarretar em sérias limitações para a convivência social.

A psicóloga encerrou sua participação deixando um bom aconselhamento aos presentes:

“Auto perdão é muito importante, autoconhecimento em todos os âmbitos. Frequente lugares que você se sinta bem, tenha uma rede de apoio e  pessoas que estarão sempre com você, te apoiando. Isso é muito importante também”, concluiu Natasha.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – revisor

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/ FIAM-FAAM, estágio AICOM – editor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM