Natália Guimarães

Perfil: Natália Guimarães

Professora dos cursos de RTV, Produção Audiovisual, Produção Cultural e Produção Multimídia – FMU/ FIAM FAAM

Por: Analice Lima [1]

Revisado por: Guilherme Augusto de Lima Faria [2]

Edição por: Cláudia Lima de Oliveira [3]

Supervisão: Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Com uma trajetória de vida inspiradora, repleta de experiências e vivências marcantes, a docente Natália Guimarães contou-nos um pouco de sua história através de um bate-papo leve e rico.

Nascida em São Caetano do Sul, na região do ABC, a docente reside em Santo André desde a sua infância. Natália nos conta que se adaptou à rotina de morar em Santo André e trabalhar em São Paulo, pois, desde a época da universidade, sempre teve essa questão de ir e vir, utilizando trem, metrô e ônibus.

Antes da sua primeira graduação, a docente realizou dois cursos técnicos: o primeiro foi ainda durante o ensino médio, quando cursou Técnico em Nutrição na ETEC Jorge Street, em São Caetano do Sul. Apesar de gostar muito do curso, afirma que já sabia que não seguiria profissionalmente na área, pois na época fazia teatro e era encantada pelo curso.

O segundo curso técnico foi em Teatro, na Fundação das Artes, também em São Caetano do Sul, de 2008 a 2011. Nesse período, Natália fez um ano de cursinho pré-vestibular e relata-nos que possuía muita dedicação quanto aos estudos, pois não tinha condições de pagar a graduação. Todo esforço foi recompensado quando conseguiu ingressar na universidade. A docente faz a observação de que a formação do curso técnico foi praticamente em conjunto com a sua graduação.

Sua primeira graduação foi uma Licenciatura em Artes Cênicas — anteriormente chamava-se Arte e Teatro — na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), entre 2009 e 2013. Quando ingressou na universidade, muita coisa mudou em sua vida, desde os aprendizados em aula, com conteúdos e leituras, bem como os professores e a convivência com os colegas, uma experiência importante em sua carreira.

Durante esse período, Natália realizou diversos estágios, incluindo os de teor artístico. Fez estágio no Colégio Singular, em Santo André, onde acompanhava as professoras de artes que lecionavam aulas para crianças e adolescentes, apaixonando-se pela área pedagógica. Nessa época começou a estudar sobre a Arte-Educação e a ter experiências com crianças e adultos.

Não somente estagiou, a docente conta que trabalhou profissionalmente na cidade de São Paulo, onde fez parte de um projeto chamado “Programa Vocacional”, no qual a prefeitura da cidade contratava alguns profissionais das artes para orientar outros artistas que estão iniciando a sua formação. Relata que foi uma experiência muito importante, pois, após o projeto, ela foi contratada para orientar grupos de adolescentes e da terceira idade em equipamentos públicos da cidade, como nos Centro Educacionais Unificados (CEUs) e bibliotecas.

Sempre dedicada aos estudos, durante sua graduação, a docente realizou duas iniciações científicas, sendo que em uma delas foi orientada por uma professora de grande importância para ela. Natália relata sua admiração pela professora Lúcia Romano, sua orientadora na universidade, que a ensinou sobre as pesquisas, além de incentivá-la a realizar o mestrado. A professora Natália diz que ela foi uma das grandes inspirações na área da docência e como mulher, pois naquela época, mulheres atuando nas universidades públicas era algo mais raro. “Ela me orientava nas reuniões que eu tinha, eu ficava só admirando ela, sabe?”, narra Natália, com muito carinho sobre esse momento de sua vida e sobre a importância de uma docente que a inspirou e ajudou muito na universidade.

“Eu sempre gostei de estudar”, afirma a docente, contando que sua mãe se orgulha em vê-la estudando, sem a necessidade de cobrá-la. Suas maiores inspirações sempre vieram dos professores que teve. Desde a escola pública até a universidade ela admirava os professores e essa admiração era algo que queria alcançar profissionalmente.

Aspirante à pesquisadora e se descobrindo como arte-educadora, a docente deu início após a sua graduação no mestrado em Artes na Unesp, entre 2014 e 2016. Ao finalizar o mestrado, em maio de 2016, no mesmo ano em agosto, já estava atuando como docente no Centro Universitário FIAM-FAAM, onde continua até os dias de hoje. “Parece que foi ontem”, relata Natália Guimarães.

A docente nos conta que o processo para adentrar na FIAM-FAAM foi muito rápido. Em 2013 a docente cursava Interpretação para Teatro, no CPT (Centro de Pesquisa Teatral), com o falecido diretor Antunes Filho. Nesse curso ela conheceu Rogério Troiani, que na época era professor na FIAM. Três anos depois ele entrou em contato com ela via Facebook, contando que ele estava saindo da instituição e que precisava indicar alguém com um perfil interessante e que tivesse formação. Troiani então perguntou se poderia indicar o nome dela, Natália aceitou e passou por todos os processos seletivos, sendo contratada. “Na sexta-feira o coordenador ligou e disse: ‘você foi aprovada e começa na segunda’. Rápido assim”, diz Natália.

No Centro Universitário FIAM-FAAM, a docente ministra disciplinas ligadas ao campo das artes, como Arte, Cultura e Estética, Direção de Arte e Dramaturgia e Direção de Atores para os cursos de Produção Audiovisual, Produção Multimídia, Rádio e TV, Jornalismo e Publicidade e Propaganda.

Natália sempre busca incentivar os seus alunos: “Vocês são criadores, precisam excitar a criatividade, precisam se alimentar de referência, expandir o repertório e produzir coisas autorais, que vocês se orgulhem em fazer”, diz a docente sobre suas aulas.

A Professora conta que nunca fez intercâmbio, apesar de ser um dos seus planos após finalizar a graduação, não concretizou pois já havia passado para realizar o mestrado e também por participar de um processo seletivo para ser atriz em um grupo de teatro. Foi uma grande oportunidade, já que ela iria pela primeira vez trabalhar como atriz remunerada e foi uma escolha decisiva, mas afirma não descartar a possibilidade de realizar um intercâmbio no futuro.

Além de toda trajetória acadêmica, a docente conta uma experiência “prazerosa” em sua vida, a criação da “Nana Brigaderia Gourmet”, uma confeitaria que criou para fazer algo que a tirasse um pouco do foco de trabalho. A docente conta que como uma boa estudiosa, foi estudar como fazer um brigadeiro perfeito. Fez várias receitas até chegar ao brigadeiro perfeito e começou a dá-los de presente, e como quem recebeu gostou muito, ela os precificou e criou uma página no Instagram para divulgá-los, em 2017.

Em 2018 deu uma pausa, pois a brigaderia estava exigindo muito dela, mas com a chegada da pandemia buscou por uma nova alternativa. Junto a seu marido, o professor Efrem Pedroza, voltou com a brigaderia e eles passaram a se dedicar à criação de novos produtos com boa qualidade, estando até os dias de hoje produzindo bolos para diversos eventos.

Com toda essa dedicação, não apenas na vida acadêmica, como em sua vida pessoal, a docente acredita na importância dos hábitos e disciplina, se dedicar com foco em uma área específica e fazer o que gosta é importante. Ela incentiva os alunos a se dedicarem nas suas escolhas, estudar, a fazer o que gostam e a traçar metas. “Não temos que ter uma trajetória reta, podemos fazer várias coisas, somos múltiplos. Podemos gostar de várias coisas e estar aberto às oportunidades da vida”, conclui Natália Guimarães.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM.
[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.
[5] Professora e Coordenadora dos cursos de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM.