Carminha

Perfil: Maria do Carmo de Oliveira

Professora de Negócios, Publicidade e Propaganda, Comunicação Integrada e Cursos Tecnólogos e Coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo, Inovação e Qualidade (NEIQ) da HECSA.

Texto por Sabrina Moreira Szcypula [1]

Revisão por Guilherme Augusto de Lima Faria [2]

Edição por Cláudia Lima de Oliveira [3]

Supervisão por Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Em uma conversa extremamente descontraída e divertida, a professora paulistana Maria do Carmo, ou Carminha, como gosta de ser chamada, nos contou sobre sua trajetória acadêmica e profissional.

Durante sua infância, a docente costumava brincar com as outras crianças de “ser professora”, porém, o interesse pela profissão apenas se fez presente quando a mesma já se encontrava no mercado de trabalho, atuando nas áreas de Comunicação.

A docente realizou sua primeira graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, pelo Centro Universitário Braz Cubas, de 1984 a 1987. Em seguida, concretizou uma pós-graduação na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) em Administração, Negócios e Marketing, entre 1988 e 1989. Após alguns anos de suas primeiras formações superiores, a professora realizou um aperfeiçoamento em Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável, pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), em 2000. Carminha também realizou seu mestrado em Administração, Governança Corporativa e Dinâmicas Organizacionais, no Centro Universitário FMU, entre 2014 e 2015.

A primeira oportunidade de lecionar surgiu quando o Senac lhe convidou para atuar como Consultora de Treinamento e Gestão, em 1992. A partir deste momento, a professora Carminha teve a oportunidade de experimentar um pouco da área educacional e observar sua realização ao dar aulas.

Enquanto trabalhava como consultora de gestão e treinamento no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro Empresas (SEBRAE), de 1992 a 2011, ocorreu uma dobradinha com o Senac. Através desta vivência a professora conta que teve a oportunidade de aprofundar seus estudos em diversos cursos técnicos e profissionalizantes oferecidos pela instituição.

A docente contou com um sorriso no rosto que uma inspiração para entrar na docência foi uma antiga professora, chamada Carmen Lúcia. A inspiração surgiu pela forma como a professora se expressava com seus alunos e por seus métodos de ensino, além da influência que a docente possuía. Além dessa professora, em específico, Carminha também comentou sobre várias pessoas que já passaram em sua vida, como palestrantes, por exemplo, assim como outros professores que teve em seus anos de discente, que também a inspiraram como docente.

Sua primeira experiência como professora do ensino superior foi na Universidade São Judas Tadeu, no final de 1999, onde foi convidada para desenvolver a disciplina Gestão Estratégica de Pessoas. A trajetória com o Centro Universitário FMU iniciou-se através de sua filha, que estudava na instituição e, durante uma visita que fez ao prédio, a docente disse ter se interessado pelo local e comentou ter pensado: “Bem que eu poderia dar aulas aqui”. Nessa mesma visita, ela observou que a faculdade estava com vagas abertas na área da docência de pós-graduação em Negócios e decidiu se inscrever para a vaga. Assim, ingressou na instituição, em 2009, como professora de pós e, em 2012, ela se tornou professora dos cursos de graduação.

Dentro da instituição, já auxiliou em eventos relacionados à área de Administração, participando muitas vezes dos comitês. Um exemplo citado por ela foi a Semana de Administração, onde esteve presente e deu suporte diversas vezes. Outro projeto do qual fez parte foi o Comitê Enade, participando ativamente durante cinco anos.

Em 2014, começou a ajudar na Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e continua participando do projeto até o presente momento, nos últimos dois anos tornou-se Coordenadora do Núcleo de Empreendedorismo, Inovação e Qualidade na HECSA.

Paralelamente à instituição, a docente comentou que ajuda na coordenação de um programa de dicas de negócios, assim como também participa de podcasts sobre empreendedorismo. Maria do Carmo é conselheira do programa de varejo da Associação Comercial de São Paulo e participa de um grupo de estudos de Qualidade de Vida para trabalhos no mercado corporativo da USP. Outro projeto que possui em sua carreira é uma consultoria que trabalha com Gestão de Qualidade, que procura“alavancar comportamentos empreendedores” nas pessoas de uma forma geral.

Dentro da FMU, a docente comenta que atuou como mentora dos estudantes que realizaram um intercâmbio no Chile, há alguns anos, e possui o desejo de realizar novamente outras atividades como mentora de intercâmbio no futuro.

A docente narra que um dos percalços que teve na carreira foi a falta de maturidade em determinados momentos, isso atrapalhou um pouco sua caminhada. “Não conseguir se posicionar, ter medo. Acho que nós temos muito medo de não sermos aceitos e tem horas que esse medo grita forte e, quando você não tem maturidade, você tende a querer agradar as pessoas o tempo inteiro e às vezes você fere seus valores. Isso você só percebe na medida em que vai caminhando, assim você vai aprendendo e percebendo que todo mundo tem o seu lugar”, comenta.

Sobre a pandemia, Carminha comenta que já tinha costume de atuar de forma remota por conta de todo o seu trabalho na área de negócios. Sendo assim, a adaptação para esse novo modo de lecionar não foi difícil, mas encontrou empecilhos em como transformar uma aula anteriormente muito prática e participativa em algo do mesmo patamar de forma remota sem o total conhecimento da plataforma.

“Quando a gente trabalha com inovação, você tem que mudar seu mindset o tempo inteiro e se adaptar! Adaptação é a palavra chave na área de negócios”, finaliza a docente.

Em um momento de quase pós-pandemia, a professora comenta que observa haver sim formas de integrarmos mais essa maneira remota em nosso dia-a-dia. Porém, o presencial continua sendo uma ótima função em diversas áreas. Sobre o aprendizado que tivemos tanto em um período completamente presencial e outro completamente EaD, a professora comenta: “Isso vai nos permitir criar um novo momento, não vai ser igual, é algo novo! Se a gente puder aproveitar o melhor dos ensinamentos, aprendendo ‘o que posso melhorar e como posso melhorar’, nós iremos nos sair muito bem”.

Para o futuro, a docente conta como deseja sempre continuar aprendendo, comentando que pretende ter sempre um mindset que lhe permita buscar cada vez mais o novo, não se acomodando e buscando evolução constante.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM.

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.

[5] Professora do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisora de estágios AICOM.