Por Anny Caroline [1]
Edição por Gabriel H. A. Campagnoli [2]
Revisão por Barbara da Silva Paula [3]
Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof. Nicole Morihama [5]
Atualmente, a Feira de Profissões é uma atividade comum que acontece em diversas escolas públicas ou particulares no Brasil, voltada a esclarecer dúvidas sobre os cursos oferecidos, possibilidades de carreira, mercado de trabalho, apresentação da grade das disciplinas, conteúdos programáticos e as especializações para os estudantes do ensino médio, para ajudá-los na decisão de sua futura profissão.
Mas nem sempre o acesso da informação foi tão amplo, diz a ex-professora Vania Ulice, que frequentou a Escola Estadual José Benedito Ferreira Professor: “Em 1984, quando eu tinha quatorze anos, na escola não existia o Projeto de Vida, apenas a Semana das Profissões, sendo duas semanas para a realização do projeto, eram os pais da comunidade que palestravam abrangendo profissões que eles ocupavam. Ocorria todo ano, como uma roda de conversa, não existia nas falas o termo faculdade, não tinha em minha sala ninguém que quisesse atuar na profissão jornalismo, por exemplo”.
Em todos os anos estão presentes na Feira USP e as Profissões, os alunos, professores e funcionários da Universidade de São Paulo que se mobilizam para apresentar a Universidade aos jovens estudantes. O evento ocorre de forma gratuita e é realizado duas vezes por ano, sendo uma na capital e outra em um campus do interior.
Além da Feira de Profissões existe atualmente o Projeto de Vida, para os alunos nas escolas a partir do 6º ano do Fundamental até o Ensino Médio, de todas as escolas públicas, implantado pela Secretaria de Estado da Educação em 2012, sendo expandido em 2020. Com o objetivo de despertar autoconhecimento profundo nos estudantes, auxiliando-os na definição de suas habilidades, a fim de realizarem seus sonhos e concluírem seus objetivos.
Mesmo com estas iniciativas, alguns adolescentes não sabem sobre a profissão de jornalismo, afirma a aluna da Escola Estadual Jardim Santa Cecilia, Andressa Sampaio de 17 anos: “Infelizmente não conheço ninguém, por mais que tenhamos alguns incentivos para a área ligada ao jornalismo, muitos dos alunos tendem a escolher áreas pré-determinadas como medicina, engenharia e administração”. E completa: “Sobre a eletiva voltada ao jornalismo, não foi realizado, só foi apresentado uma proposta no primeiro ano pela professora, mas ninguém se interessou e não foi adiante, sendo um conteúdo aplicado em pequena parte no segundo ano”.
Entretanto, em entrevista com a ex estudante do Ensino Médio Lorena Souza, da Escola Estadual Ana Siqueira da Silva, que participou do primeiro jornal impresso de sua escola em conjunto com o grêmio Estrelas do Ana, afirma: “Foi muito satisfatório de ter sido parte do jornal, ajudou na muito na minha área de atuação pela parte escrita devido a linhagem formal, mesmo não estando diretamente ligada com isso na faculdade, foi uma experiência nova”.
Diante as entrevistas, nota-se um entrave entre a sociedade, o aluno e o projeto. Faltando o nivelamento de todos, para que a educação desenvolva no educando meios para o exercício da cidadania e fornecimento de meios para progredir no trabalho e seus estudos posteriores, como cita a lei LDB 9394/96.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM– repórter
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM– editor
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM– revisor
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios– AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo– FMU/FIAM-FAAM