Guilherme Rodolfo

Perfil: Guilherme Weffort Rodolfo

Professor de Rádio e TV, Produção Audiovisual, Produção Cultural e Produção Multimídia

Por: Analice Lima [1]

Revisado por: Guilherme Augusto de Lima Faria [2]

Edição por: Cláudia Lima de Oliveira [3]

Supervisão: Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Guilherme Weffort Rodolfo, professor de Comunicação na FIAM FAAM, nasceu e vive em São Paulo desde sempre. “Sempre fui paulistano, mas é uma força de obrigação familiar e de trabalho morar aqui, porque eu gosto mesmo é do mar”, conta o docente, revelando sua preferência.

Em uma conversa leve e dinâmica, Guilherme nos contou sobre sua trajetória e experiências como professor, comunicador e pesquisador. Dono de um currículo acadêmico extenso e uma carreira inspiradora na Comunicação, o docente leciona para os cursos de Rádio e TV, Produção Audiovisual, Produção Cultural e Produção Multimídia.

Sua primeira graduação ocorreu em 2001, no curso de Composição e Regência, pelo Instituto de Artes da UNESP (Universidade Estadual Paulista). O docente sonhava em ser compositor, mas acabou se tornando maestro, porém não chegou a exercer essa função, pois seu desejo era desenvolver trilhas sonoras para jingles, cinema e televisão. Saiu da área musical por conta dos planos econômicos que levaram alguns negócios a falir, além da chegada de um novo elemento chamado “trilha branca” – sendo este um banco de dados com trilhas sonoras, algo que contribuiu para a retirada dos trabalhadores deste mercado.

Por ter conhecimentos em Design, o docente tornou-se diretor de arte em uma agência publicitária chamada Promovisão, onde atuou durante 20 anos. A empresa criava anúncios para associações e ele foi crescendo conforme suas demandas e outras responsabilidades que lhe foram sendo atribuídas. Guilherme relata que nesta época trabalhava bastante, realizando diversas campanhas e aprendeu muito com essa experiência.

O docente faz parte dos grupos de pesquisa Cultura e Arte no Lazer e Turismo (CALT) e Coletivos Estudos em Estética (CEDE), ambos da Universidade de São Paulo (USP), isso acabou levando-o ao mestrado no curso de Estética e História da Arte, também pela USP, em 2011, e encaminhou-lhe para o caminho da docência. Durante algum tempo tentou trabalhar como publicitário e professor, mas não sentiu que estava tendo bons resultados, então passou a dedicar-se mais ao ensino, sendo esta a área em que atua até os dias de hoje.

Sua primeira experiência como professor foi em 2011, na Faculdade das Américas (FAM). Lecionou nos cursos de Comunicação em geral, e em Estética e História da Arte, mas acabou dando uma pausa na carreira quando iniciou seu doutorado.

Realizou seu doutorado em Linguística e Semiótica na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH – USP). Seu objetivo com o doutorado era trabalhar a análise dos discursos musicais. “Minha tentativa sempre foi fundir minha graduação e experiência em composição com as experiências visuais, de criação, layout e artística”, relata Guilherme.

Em 2018, buscando retornar ao mercado de trabalho na área da docência, o professor relata que conversando com colegas docentes, um deles, que era professor no Centro Universitário FMU | FIAM-FAAM, o indicou para a universidade. Após realizar os processos da instituição, iniciou lecionando em laboratório e em Direção de Arte, nas chamadas “plataformas gráficas”, permanecendo desde então na FIAM FAAM. Guilherme ainda possui dois pós-doutorados, ambos pela USP. O primeiro deles, em Linguística, Letras e Artes (2018), e o outro em Ciências Sociais Aplicadas (2021). 

Sua trajetória é repleta de momentos marcantes e de dedicação. Suas experiências no doutorado e nos pós-doutorados acrescentaram-lhe muito, não só como comunicador e professor, mas também como pesquisador. O docente menciona um episódio que acabou culminando no segundo pós-doutorado. Ele havia acabado de finalizar o primeiro e pensou em parar por ali, porém havia um projeto que apresentou à Escola de Comunicação e Arte da USP (ECA). Na época em que expôs ao ECA, não foi possível realizar o projeto, mas quando finalizou o último pós-doutorado pediram para que iniciasse o projeto e lecionasse aquele tema.

O docente relata que trouxe uma vivência do período onde trabalhou em uma agência chamada GREY. Ela possuía filiais em vários lugares do mundo e certa vez ele resolveu mandar uma carta à filial de Milão. “Eu lembro que um amigo meu falou assim: mas você fala italiano? Eu disse: não precisa, eu vou pra lá”, relembra Guilherme. Esta foi uma experiência muito rica para o docente, pois ele não foi à Itália apenas com a expectativa de trabalhar, mas também para encontrar com familiares. Permaneceu um mês na Itália, aprendeu italiano, conheceu Roma e acabou conseguindo o trabalho na agência por três meses, que era o período do visto de turista. Retornou ao Brasil com um contrato que infelizmente não pode ser cumprido, pois, no dia 11 de setembro de 2001, ocorreram os atentados às Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, EUA, fazendo com que a agência cancelasse o contrato.

O professor Guilherme já possuiu uma agência de publicidade, denominada Minimal, onde realizava campanhas para empresas e, dentre elas, trabalhou para o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), criando campanhas de conscientização sobre acidentes de carro. O docente relata ter sido muito bom esse período, mas enfatiza que infelizmente devido aos impostos e inflação, vendeu a agência. “Era um sonho de estudante” reflete o Professor sobre esse momento.

Na atuação como docente, Guilherme busca se preparar para desenvolver boas aulas e atingir de forma positiva os alunos, além de sempre buscar aprendizado e seguir com seus objetivos. Atualmente ele está se preparando para um concurso que prestará na FFLCH.

O docente finaliza deixando uma reflexão sobre como é ser comunicador e pesquisador. Ele acredita que esses não são termos simples ou pequenos, mas sim grandes, principalmente nos dias de hoje com a diversidade cultural na Comunicação. Afirma também a importância de ampliar o conhecimento sobre todas as áreas pelo dinamismo dentro de uma criação, no qual todos são um pouco de tudo.

“Nunca pense pequeno. Sempre pense como você está inserido numa organização. Entenda que você está inserido numa malha de coisas e que você faz parte dela, onde você recebe e doa informações”, finaliza Guilherme.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM.

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.

[5] Professora e Coordenadora dos cursos de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM.