Entrevista com a aluna Sandra Braz, do oitavo semestre de Relações Públicas, sobre empreendedorismo verde e empoderamento feminino
Por Manuella Sanches [1]
Edição por Gabriel H. A. Campagnoli [2]
Revisão por Barbara da Silva Paula [3]
Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof. Nicole Morihama [5]
O espaço feminino no mercado tem crescido cada vez mais, porém o empreendedorismo feminino junto com pautas ambientalistas, para muitos é sensacional. Durante entrevista, a aluna do Centro Universitário FMU FIA FAAM, Sandra Braz contou um pouco sobre sua carreira e seu trabalho em prol do meio ambiente.
Sandra é formada em Gestão Ambiental e agora está no curso de Relações Públicas, e conta um pouco sobre a escolha dessa nova área de estudo: “Para vir pra Relações Públicas, precisei entender que a comunicação precisava ser mais ampla, pois falávamos sobre mudanças somente entre os ambientalistas, e quem realmente precisava saber mais sobre o assunto acabava ficando de fora”, disse a docente.
Dessa forma, para Sandra, o curso a auxiliou a ter uma visão diferente de como aplicar as duas graduações em um projeto. Participante do NEMA (Núcleo de Estudos do Meio Ambiente) da FMU FIAM FAAM, a aluna participou do Plantio Global, uma atividade promovida pelo núcleo, a fim reflorestar e recriar os biomas brasileiros e acontece em diversos estados no país. Para Sandra, essa é uma atividade muito importante, pois está também envolvida em pautas ambientais ligados ao mundo verde.
Empreender no Brasil é uma tarefa desafiadora, e é importante saber lidar com todas as faces de um negócio, desde o marketing nas redes sociais, até as demandas com custos. Sandra também contou de onde nasceu a ideia de começar a sua marca e empreender: “O livro ‘Comece algo que faça a diferença’, do escritor Blake Mycoskie, que incentiva sobre trabalhar com algo que você admira e seja uma causa para todos”. Sandra tem uma marca de camisetas feitas com materiais totalmente renováveis e explica: “Tive a ideia de criar uma marca com o nome ‘masãverde’, por enquanto fazemos camisas de celulose de madeiras reflorestadas, e na produção das camisetas são economizados mais de dois milhões de litros de água, comparado com camisetas de algodão comuns”, disse a empresária.
Com foco na sustentabilidade e empreendedorismo, Sandra também presta consultoria e palestras de educação ambiental para fortalecer a questão da sustentabilidade, sobretudo para os estudantes. “Empreender é o caminho, pois o consumo é uma das coisas que mais contamina o meio ambiente, de forma mais firme, o inconsciente de comprar sem limites. Então precisei pensar em um produto que obedeça a uma cadeia produtiva e que cause menos impactos no meio ambiente”, afirma Sandra.
Buscar fontes de conhecimento para iniciar qualquer projeto na vida é essencial, porém, para abrir um negócio foi mais denso para Sandra: “Uma amiga tem um curso sobre como começar a empreender, que caminho seguir, relações de contabilidades, questões burocráticas, fabricação e pesquisa de mercado. O ato de repensar também me fez procurar parceiros com as mesmas intenções e causas que eu. Então, encontrei um fabricante no Ceará, com um projeto lindo que começou a vender camisas para ajudar pessoas vítima da seca”, afirma a estudante de Relações Públicas, ao dizer que é importante pensar e realizar pesquisas é um conjunto que leva tempo, mas feito de forma correta e garante um ótimo resultado.
A ambientalista também contou suas futuras intenções com a marca e revelou a ideia do nome. “Meu nome é Maria Sandra, então ‘Masão’ com S. Ma de Marai e Sã de Sandra. Por enquanto eu cuido das redes sociais, de todo o marketing e imagem da empresa, porém, pretendo trazer estudantes para fazer estágios, contratá-los e envolvê-los nessa causa. Tenho esse sonho de trazê-los por preocupação com as futuras gerações também. Também pretendo fazer consultoria com outas marcas para instruí-las que sustentabilidade e lucro podem e devem andar lado a lado”, afirma.
A inciativa de envolver três pilares da sociedade, como social, ambiental e econômico, faz essa causa ser cada vez mais ativa em nosso país. “Quero ampliar a marca para que quanto mais produtos oferecer mais resultado vou ter, sobretudo do consumo e dos recursos naturais. E sempre lembrar que não é falta de conhecimento e sim conhecimento, então vou continuar lutando para que o conhecimento ambiental seja ampliado de todas as formas”, concluiu.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – repórter
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – editor
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – revisor
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM