RTV 1

Plataformas Audiovisuais Brasileiras: desafios e perspectivas

Debate sobre os atuais obstáculos implícitos nas plataformas de streaming brasileiras.

Por Anny Caroline [1]

Edição por Gabriel H. A. Campagnoli [2]

Revisão por Gabriel H.A Campagnoli [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof. Nicole Morihama [5]

Dando início à Semana de Comunicação para os alunos de Rádio e TV, ocorreu nesta segunda-feira (25) palestra ministrada por Lia Bahia, doutora em Comunicação Social pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e que trabalhou em órgãos públicos como a ANCINE (Agência Nacional de Cinema), na Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e na RioFilme. A palestra contou também com a diretora, produtora e sócio-fundadora da Cavalo Marinho Audiovisual, Thais Scabio.

A palestra foi transmitida através da Rádio FIAM FAAM e também através do canal do YouTube da FMU TV e contou com a participação dos alunos e professores através do bate papo.

Segundo Lia Bahia há divergências com as plataformas e os direitos da obra, “Eles estão felizes da vida com essa ausência de política pública, se a gente tiver uma retomada dessa efetivação da regulamentação, eu acho que está circularidade do conteúdo e diversidade real pode aparecer de alguma forma”.

Complementa Thais Scabio esclarecendo que em prol aos filmes brasileiros “a diversidade é escondida” exemplificando “eu estou na produção do meu longa-metragem e o pessoal da fotografia foi verificar as câmeras que são aceitas pela Netflix, mesmo sem eu fazer o longa com a plataforma, já é pensado na venda do mesmo”, sendo assim há uma preocupação de direcionar “o mínimo de resolução de câmeras, sendo fora da realidade total da produção negra e indígenas sendo barreiras discretas”.

Ao longo de seu debate a mesma usa de slides para explicar sobre o projeto a APAN (Associação de Profissionais do Audiovisual Negro) que tem como objetivo a defesa dos interesses de uma perspectiva inclusiva com atenção ao recorte racial, representado perante órgãos públicos, fundações, instituições, ONGs e empresas privadas.

Dentro da plataforma de acesso popular pode-se encontrar a FAPAN (Fundo de Amparo a Profissionais do Audiovisual Negro), com intuito de ajudar profissionais LGBTQIA+, negros, mulheres chefes de família e pessoas com deficiência física (PCDs) no mercado audiovisual; a APAN EAD que é uma plataforma de educação à distância dedicada à oferta de cursos, treinamentos e processos formativos necessários para o aprimoramento das habilidades profissionais de passos atuantes no setor audiovisual; FIANb (Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil); o MECAA – Mercado Audiovisual que visa dar conta das múltiplas realidades dos profissionais negros do mercado audiovisual nacional e o Todesplay que é uma plataforma global de filmes, séries e produções audiovisual.

Com esta apresentação pode-se notar que o objetivo da exposição favoreceu o conhecimento de todos que estavam ali contribuindo e consolidando um mercado mais representativo.

Outro fator que não se pode deixar de elencar da palestra é a preocupação das produções audiovisuais brasileiras em se adequar às normas das plataformas internacionais, trazendo mais uma desigualdade, a de produção das plataformas digitais nacionais.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM– repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM– editor

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM– revisor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios– AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo– FMU/FIAM-FAAM