Texto por Sabrina Moreira Szcypula [1]
Revisão por Guilherme Augusto de Lima Faria [2]
Edição por Cláudia Lima de Oliveira [3]
Supervisão por Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]
Na manhã de 25 de abril, iniciou-se a Semana Acadêmica de Jornalismo. A primeira palestra da semana contou com a presença dos alunos egressos Pedro Henrique Ribeiro, do Omelete, e Tatiana Schibuola, do UOL.
O evento iniciou-se com a fala de Tatiana Schibuola, formada em Jornalismo pela FIAM-FAAM, em 1997 e que atualmente atua como gerente geral de marcas segmentadas do UOL. Anteriormente, Tatiana ocupou posições de comando nas revistas Capricho, Cláudia e Gloss.
Em uma narrativa sobre sua época na faculdade, Tatiana conta como foi importante para ela ter participado do Laboratório de Edição do Jornal da Faculdade, onde atuou como editora. Também relata ter sido muito importante essa experiência prática em seu período como estudante, pois é algo extremamente relevante para um jornalista adquirir esse conhecimento no início de carreira. A palestrante comentou sobre diversos acontecimentos que ocorreram quando ingressou na FIAM-FAAM, em 1994 e que foram tópicos importantes de reportagens, como o surgimento do Plano Real, a morte de Ayrton Senna, o tetra da Seleção Brasileira e os erros no amplo noticiamento da imprensa do caso Escola Base, ressaltando que na época em que cursava a faculdade o jornalismo era de certa forma diferente. Um dos principais diferenciais de épocas consiste no uso da internet como aliada, pois naquela época a mesma ainda estava começando a ser introduzida comercialmente.
Tatiana comenta a mudança radical que aconteceu com a chegada do jornalismo digital, citando como exemplo a revista Capricho. Esta revista foi uma grande febre entre os adolescentes, seja ela quando ainda era apenas impressa, na televisão ou quando se tornou digital através de redes sociais. A Capricho foi quem lançou pessoas conhecidas, dentre elas a cantora Manu Gavassi. Segundo a jornalista, houve um ponto onde as pessoas migraram do impresso para o digital rapidamente, chegando a ser surpreendente a rapidez da mudança.
“Mas tem uma coisa que não muda no jornalismo, em meio a todos copiando isso ou aquilo do outro, a originalidade e criatividade continuam sendo os artigos de grandeza”, comenta Tatiana. A palestrante dá dicas de como fugir do “copia e cola”, tão presente no jornalismo: “vá atrás das histórias que ninguém contou”, citando histórias que viralizaram e que merecem um olhar mais atento. “Histórias que estão em evidência, mas sem atenção”, como de pessoas que se encontram nas ruas, em evidência para todos, mas que ninguém se dá ao trabalho de prestar atenção.
Questionada sobre “o que recomendaria para nós alunos que estamos entrando no mercado de trabalho”, Tatiana responde que atualmente há várias formas de se fazer presente no mercado de trabalho. Existem as formas tradicionais, através de grandes empresas, ou até mesmo sendo seu próprio empresário. Pode-se utilizar das redes sociais para crescer, além de também citar o uso de um portfólio para demonstrar que, mesmo sem experiências, o jornalista entende como deve trabalhar.
O segundo palestrante presente foi Pedro Henrique Ribeiro, jornalista, formado em 2020 pela FIAM-FAAM. Atualmente atua como repórter no Omelete e é blogueiro no “Otaku de Dread”. Já trabalhou pelo UOL, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e no Grupo Bandeirantes.
Assim como Tatiana, Pedro comenta sobre seu tempo na faculdade e como é importante que ainda na instituição, o aluno de jornalismo procure ter contatos e ser participativo, buscando estar conectado com as pessoas tanto para aprender mais quanto para ter maiores oportunidades. Pedro trouxe como pauta o fato de que para um jornalista se sobressair, é importante ter além de um bom texto, a capacidade de usar imagens e o audiovisual em conjunto de seu texto além de saber se adaptar a diversos formatos mesmo que tenha maior aptidão em um, em relação ao outro.
O palestrante compartilhou algumas técnicas que aprendeu durante em seus anos como estudante e estagiário, além de falar sobre cursos dos quais participou e ainda deixou como acréscimo aos estudantes, a cooperativa de jornalistas e artistas “Oboré Projetos Especiais”.
Respondendo algumas questões dos alunos, Pedro foi questionado sobre “como alguém que se formou recentemente em jornalismo, o que você diria sobre as dificuldades de entrar no mercado de trabalho?”. Segundo ele, ter contatos é a maior dificuldade que um jornalista recém formado pode ter, pois geralmente os alunos não possuem tanto contato assim com pessoas dentro do mercado. Mas destaca que com o devido esforço e dedicação, além de possuir um portfólio e ter a coragem de ir atrás das oportunidades, as coisas ficarão mais fáceis e as oportunidades surgirão.
[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM.
[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM.
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM.
[5] Professora do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisora de estágios AICOM.