marco lilas

MARÇO LILÁS

Evento educacional promovido pelo Centro Universitário FMU FIAM-FAAM debate sobre a prevenção e combate ao câncer de colo do útero

Por: Pedro Brum De Souza Roman [1]

Revisor: Breno de Araujo Silva [2]    

Edição: Cleide Silva de Carvalho [3]

Supervisores: Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Encerrando a programação especial em comemoração ao mês da mulher, o Centro Universitário FMU FIAM-FAAM promoveu, no último 31 de março, palestra com o tema “Março Lilás – Todos juntos na prevenção e combate ao câncer de colo do útero”, que contou a participação da docente do curso Tecnólogo em Radiologia, professora Rosemeire Borota Salvador, formada em Radiologia e pós-graduada em docência do ensino superior, cursando Biomedicina e atuando há 13 anos no Hospital Peróla Byington, que é referência no atendimento à saúde da mulher.

Na abertura do evento, a professora compartilhou uma de suas experiências com o tema, ao palestrar para jovens da comunidade de Paraisópolis, com faixa etária de 11 a 16 anos. Ela relatou que a falta de informação entre os jovens, e o impacto gerado por imagens sobre doenças íntimas, desperta o interesse no assunto.

“Quando se coloca imagens que chocam, de partes genitais com feridas, com bolhas, acaba chocando muito, e faz com que eles tirem suas dúvidas”, disse.

Sobre o câncer do colo do útero, a professora explicou a respeito da célula cancerígena que cresce de forma desordenada e, quando se acumula, acaba desenvolvendo o tumor. Nesse contexto, ela esclareceu:

“Os mais perigosos [tumores], de maior risco, 70% deles são o que as mulheres têm que viram câncer de útero, vão tendo acesso pela mucosa”, esclarece.

Rosemeire fez importante alerta quanto à prevenção dessas doenças que, por ocorrer de forma silenciosa, onde cada organismo reage de um modo, é importante manter a saúde equilibrada, além da regularidade na realização de exames preventivos. Isso porque, se descoberta em fase inicial, a probabilidade de cura dessas doenças, é maior. Já em fase avançadas, o tratamento será decidido pelo médico especialista, fazendo o tratamento de acordo com o tipo de câncer e estágio da lesão onde, em alguns casos, exigem tratamento específicos como as radioterapias e quimioterapias, que são administrados diferentes medicamentos para destruição das células doentes.

A professora trouxe exemplos de outras doenças que merecem atenção. Como a Endometriose, que é uma doença inflamatória provocada por células do tecido que revestem o útero, que não são expelidas durante o período menstrual, se movimento no sentindo oposto e provocam novo sangramento, acompanhado por dores e mal estar.

“Tudo começa com pequenas feridas, pequenos sangramentos e ardor, onde a pessoa começa a sentir dores”, completou.

De sua vivência em ambiente hospitalar, Rosemeire relatou casos em que mulheres buscam por atendimento, por apresentarem Miomas – tumores benignos que se formam no tecido muscular do útero – alguns deles,  podem ter grande dimensão, provocando o aumento do volume de barriga e, nesses casos, acarretam em  problemas como compressão da bexiga e intestino, levando a incontinência urinária e à constipação  intestinal,  cólicas menstruais, dores durante o ato sexual, entre outros.

Durante o evento, a docente compartilhou, ainda, algumas imagens que ilustraram a abordagem. Imagens sobre os estágios do câncer do colo do útero e o início do vírus HPV (Papilomavírus Humano).

Após discorrer sobre o tema, a professora orientou para importantes ações no que diz respeito a medidas preventivas, entre elas, escolher bem o parceiro, evitar a troca recorrente de parceiros, o uso de preservativos em todas as relações, visitas periódicas ao ginecologista e a busca por vacinas preventivas*.

Ao final do evento, a docente agradeceu ao convite e participação de todos, e se disponibilizou a esclarecer dúvidas sobre a discussão.

* A vacinação contra o vírus HPV está disponível em rede pública para meninas de nove a 13 anos de idade, e mulheres de nove a 26 anos que são positivas para HIV. Em São Paulo, desde 2014, a imunização entrou para o Calendário do Programa Nacional.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – revisor

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/ FIAM-FAAM, estágio AICOM – editor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM