palestra mercado de trabalho

Mercado de trabalho e a importância do ensino superior para as mulheres foram temas abordados no encontro com a vice-presidente acadêmica, Profa. Aline Alves de Andrade

Palestra fez parte da programação especial dedicada ao Mês e Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março.

Por: Gabriel Alexandre da Silva  [1]

Revisor: Breno de Araujo Silva [2] 

Edição: Cleide Silva de Carvalho [3]

Supervisores: Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

No mês dedicado a debates pela luta e direitos das mulheres, o Centro Universitário FMU FIAM-FAAM recebeu na última quinta-feira (24), a Vice-Presidente Acadêmica e de Inovação, professora Aline Alves de Andrade, para a palestra que teve como tema “A importância do ensino superior para as mulheres”.

A professora iniciou destacando a importância do mês dedicado a debates com foco em temas do universo feminino. “É muito bom estar aqui no mês de março, o mês das mulheres, e ter tanta participação de pessoas com tanta história interessante contando para toda a nossa comunidade [comunidade acadêmica]”, disse Andrade em referência a todos os eventos realizados sobre a mesma temática.

Na sequência, a professora compartilhou um pouco de sua trilha acadêmica.

“Eu comecei minha trajetória no ensino superior cursando Fisioterapia. Vim bem novinha para São Paulo, com 17 anos, para estudar. Logo que eu comecei a fazer faculdade, comecei a trabalhar em uma instituição de ensino”, e seguiu: “É muito importante ficar claro para todo mundo que a minoria das pessoas começa de cima. Eu tenho uma história de vivência muito intensa dentro das instituições de ensino”, comenta.

 Sobre sua experiência no mercado de trabalho, Andrade resumiu:

 “Meu primeiro emprego em faculdade, lá em 1998, foi como telemarketing. Logo depois desse início eu fui trabalhar na secretaria e em menos de um ano eu estava com um cargo de gestão, depois como coordenadora de registro acadêmico, secretária geral, diretora de regulação e suporte acadêmico, passei pela vice-reitoria até chegar na vice-presidência acadêmica e de inovação”, disse.

Como Vice-Presidente Acadêmica, ela não esconde sua satisfação com o cargo que ocupa na Instituição e reconhece a importância de sua representatividade.

“Fico muito feliz pela vice-presidência porque é muito importante o papel das mulheres no desenvolvimento da inovação no país. É algo disruptivo, mulheres representando inovação, seja no meio acadêmico ou em qualquer outro segmento. É importante passar essa experiência porque muitas pessoas não imaginam que a gente passa tudo isso para construir uma carreira sólida e chegar nessa posição”, pontua.

Sobre a importância do conhecimento para o crescimento e desenvolvimento das mulheres que sofrem de alguma dependência – financeira ou emocional –, a professora compartilhou:

“O conhecimento empodera para que essa mulher consiga se defender, ter coragem e procurar recursos para ter seu sustento financeiro e se libertar dessa situação. E essa é uma realidade que existe muito no nosso país, de mulheres que passam por violência doméstica e que não saem de casa justamente por não terem condições, por serem dependentes financeiras dos seus maridos” explica a professora que destacou, na ocasião, a importância para conscientização e debates que abordem a violência doméstica.

“A mulher pode não estar passando por uma violência, mas sua filha, sim [referindo-se aos casos de violência domésticas que são registrados, diariamente]. E quando ela convive com outras pessoas, com o conhecimento que ela vai adquirindo, com o conhecimento que ela vai tendo, ela consegue perceber isso e ajudar sua filha nesse momento difícil que ela está passando. A gente precisa levar conhecimento para toda a população, para que consiga se defender disso e o mais importante: se libertar dessa situação”, frisa.

Segundo dados disponíveis na página do Senado Federal, em recente pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Data Senado, em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência, registrou-se que, só em 2021, cerca de 68% das brasileiras conhecem uma ou mais mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar, e para 75% das brasileiras, acredita-se que o medo do agressor leva uma mulher a não denunciar.  Para a pesquisa que teve abrangência nacional, foram coletadas entrevistas no período de 14 de outubro a 05 de novembro de 2021 e contou com a participação de 3.000 mulheres. A pesquisa de opinião bianual acompanha a percepção das mulheres brasileiras sobre a violência doméstica e familiar, desde 2005.

A professora seguiu com sua apresentação e falou um pouco sobre as duplas jornadas, realidade que afeta muitas mulheres.

 “A mulher não pode abrir mão do seu desenvolvimento porque ela fica sobrecarregada. E isso ainda é muito triste porque é a realidade. A maior parte das mulheres realmente fica mais cansada, estressada, porque de fato tem que dividir sua jornada diária em todas as atividades. E nós sabemos que no Brasil nós não temos o aluno que trabalha, nós temos o trabalhador que estuda”, diz a professora.

No encerramento, a professora deixa uma importante mensagem com referência a temática do evento:

“Sejam corajosas já. Todos os dias da sua vida. É preciso que vocês tenham coragem. Coragem para aprender, para enfrentar seus desafios. E saibam que a Instituição de Ensino vai te acolher para seguir em frente, desafiar, enriquecer com sabedoria […] E é para isso que a gente tem que seguir a vida. Sempre um passo à frente e servir de exemplo. Então, sejam corajosas já!”, finaliza.

Aos interessados, a gravação do encontro está disponível em https://bit.ly/3DwsJ7Z ou direto no canal da FMU, no Youtube.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM – revisor

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/ FIAM-FAAM, estágio AICOM – editor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM