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Perfil: Carla Christiani

Profa. de Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Jornalismo, Rádio e TV e Produção Audiovisual do Centro Universitário FMU/FIAM-FAAM

Texto por Renato Félix Iwamoto [1]

Revisão por Guilherme Diniz Simões Moreira [2]

Edição por Safira Ferreira [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Carla entrou no curso de Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) sem saber se gostaria de lecionar; ela sabia ser uma possibilidade, mas a intenção não era essa. Tudo seria apenas experimental.  

Entre a ausência de contingente de docentes no ensino básico, Carla começou sua trajetória lecionando Geografia e História para a 5ª Série em uma escola pública e, depois, para o ensino médio, também no ensino público. Entre idas e vindas como substituta, esse período compreende dois anos de desafios e aprendizagens. Ela diz ter “medo de estudar outras áreas”, porque tudo a que se dedica torna-se aula, de certa maneira. 

Após experimentar a docência dando aula a crianças especiais, mesmo sem ter formação em Psicologia, ela obteve essa perspectiva de lidar com outras realidades. Em seguida, Carla inicia seu mestrado em Cultura, Organização e Educação. Logo após, começou a lecionar na extinta Universidade São Marcos. Carla relembra essa época, em uma universidade de reputação, em que lecionou em diversas ramificações dentro de sua formação em Sociologia. 

Começou em junho de 1998 e seguiu até 2007 – nesse meio tempo passou a lecionar na FAAP, onde direcionou suas aulas para cursos de Comunicação, Rádio e TV, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Relações Internacionais. Suas principais atividades eram Sociologia Geral, Sociologia da Comunicação e Sociologia Científica.

Carla nunca parou de dar aula, apenas fez uma pausa das instituições. A partir das aulas que deu na FAAP, o ponto central de suas exposições se dava sobre a imagem. Foi aí que quis mergulhar no mundo da fotografia, embora já tivesse esse envolvimento com as lentes e percepções – ela ganhou sua primeira câmera fotográfica com cinco anos de idade. 

Em 2008, criou uma escola de Arte; em 2010, saiu da universidade, pois não conseguia conciliar as duas extensas atividades. Carla teve que aprender a empreender, a lidar com orçamento, folha de pagamento e tudo que um empreendimento demanda. Em sua escola havia cursos de dança de salão, teatro, fotografia, yoga, jazz, oficinas de música e palestras diversas. Esse período foi enriquecedor do ponto de vista artístico, diz Carla. Até então, ela só se considerava ser professora, mas lidar com a arte – tão de perto – permitiu que ela descobrisse e se assentasse de vez sob esse olhar da sensibilidade.

O ciclo se encerra em 2014, quando ela decidiu trabalhar com a arte em outros âmbitos. Foi parecerista da Funarte durante um período, podendo ter acesso a diversos projetos culturais que serviram para enriquecer ainda mais seu lado artístico. 

Em 2018, Carla retorna à universidade, dessa vez na FIAM FAAM. Após oito anos, ela sentia saudades da docência e, ao mesmo tempo, se perguntava qual era a extensão da mudança nesse universo, a partir de quais limites o perfil dos alunos havia mudado e como seria lecionar tendo habilidade para isso, mas sem saber ao certo como seria recebida.

O retorno de Carla às instituições de ensino reinterpreta o que sempre foi sua vocação para além da docência; hoje, leciona matérias relacionadas à fotografia, onde mais se sente à vontade. Questionada sobre o papel de seu trabalho, ela diz que professora é professora em qualquer lugar, e nunca deixa de ser. 

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM