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Por trás das câmeras existem mulheres negras? Uma investigação sobre a inserção de mulheres autoidentificadas como pretas e/ou afrodescendentes no audiovisual

Por Bruna Massae Ueno Silva [1]

Edição por Giuliana Maciel Araujo [2]

Revisão por Andressa Lemes de Amorim Matos [3]

                      Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof. Nicole Morihama [5]

Sabemos que a Iniciação Científica oferece a oportunidade de amplificar o conhecimento do aluno sobre o desenvolvimento de pesquisas, ou até mesmo, seguir carreira acadêmica, e isso pode ocorrer durante o período de sua graduação.

Em entrevista para a AiCom, Pietra Veiga, 24 anos, conta sobre o seu interesse pela Iniciação Científica, que surgiu no ano de 2019, quando uma professora comentou que havia aberto as inscrições e explicou o que era. Mas, somente neste ano decidiu realizar, apresentando como temática: “Por trás das câmeras existem mulheres negras? Uma investigação sobre a inserção de mulheres auto identificadas como pretas e/ou afrodescendentes no audiovisual”.

O processo de construção do seu projeto, teve início em março, formou-se um grupo de orientandos pelo professor Bruno Casalotti, e foi debatido sobre o mundo do trabalho em comunicação, linha de pesquisa de seu orientador. “Essa troca com meus colegas orientandos, os conselhos e instruções do Bruno me auxiliaram muito, sendo com certeza um dos pontos que fizeram esse processo ser o mais ‘tranquilo’ possível. Ao professor Bruno só tenho elogios, pois sempre o admirei enquanto pessoa e profissional, e ser orientada por ele, com certeza fez com que eu me inspirasse para produzir a pesquisa. ” Complementa a estudante.

Para o seu tema, investigou como se dá a entrada das profissionais no meio audiovisual e como é a realidade delas, realizou quatro entrevistas e abordou questões sobre suas trajetórias, racismo, machismo e o impacto da pandemia em suas profissões. Revelou que ficou muito contente com o que conseguiu produzir e pôde mostrar para as pessoas o que havia descoberto, mesmo com ansiedade, nervosismo e animação que continha dentro de si naquele momento.

“Eu sou uma mulher preta, e estou me formando em audiovisual, para mim essa pesquisa parte de uma indagação pessoal, para conhecer o campo que eu pretendo atuar e entender como essa interseccionalidade pauta o mercado de trabalho. Acredito também que são dados relevantes e que podem ser ainda maiores, em um lugar que até então, é pouco explorado. Também penso em realizar futuramente, um projeto de documentário sobre o tema!”, finaliza, Pietra.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – repórter

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – editora

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM – revisora

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM