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DEMOCRACIA E ANTIRRACISMO: UMA TEMÁTICA NOS FESTIVAIS DE CINEMA DENTRO E FORA DO BRASIL

Mostra de cinema traz a realidade para as telas das comunidades negras nas periferias brasileiras

Por José Ibiapina [1]

Edição por Talita Souza [2]

Revisão por Maurício Carvalho [3]

                 Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof.ª Nicole Morihama [5]

O encontro do Núcleo de Estudos Étnicos-Raciais levou, na última terça-feira (16), os convidados para uma conversa enriquecedora com a presença do professor Thiago Venanzoni, Lívia Almendary, do Instituto Taturana e Maria Lucia da Silva, professora do FMU FIAM/FAAM Centro Universitário.

Durante o encontro, foi discutido o documentário “Entre Nós”, no qual fala do cotidiano de uma família negra que vive na Vila Ede, zona norte da capital paulista. A história se baseia na vida de um casal que teve um dos filhos assassinado pela polícia em uma abordagem. A produção retrata a família tentando retomar suas vidas apesar da dor e das lembranças de perder um filho naquela circunstância, além da forma que os negros são tratados pelas autoridades policiais em nosso país.

Após a discussão da obra, Lívia Almendary aproveitou para explicar o objetivo do Instituto Taturana, e que a produção de “Entre Nós” é a segunda mostra de curtas e longas metragens de filmes e documentários.  A primeira foi em 2019, e somente em 2021 a próxima, onde reuniu condições por uma série de fatores, como a diminuição das restrições da pandemia de Covid-19.

Com documentários que ocorreram entre os dias 14 e 19 de setembro, as informações no site da instituição ressaltam que o evento aconteceu de forma online e presencial, com a premissa de que não é possível debater democracia sem se preocupar com a luta antirracista. A última mostra foi organizada pela Taturana Mobilização Social, Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) e a Wonder Maria Filmes de Portugal.

O evento contou com as atividades online pelas plataformas de streaming Todes Play, Oficina Cultural Alfredo Volpi, pelos circuitos SPcin, e no Museu do AIJUBA, em Lisboa Portugal.

O Instituto acredita que o cinema é uma ferramenta privilegiada para mediar discussões urgentes, principalmente entre o público alvo da mostra, ainda mais que as escolhas refletiram o conceito que foi dividido em seis eixos temáticos nos quais se organizaram, foram eles: Experiência do Corpo e da Fé; Religiosidade, Estética e Antirracismo: Em Defesa da Vida; Direito ao Território e ao Modo de Viver; Árvore da Memória; Busca da Ancestralidade e o Combate ao Apagamento da Memória.

Por fim, a proposta do Instituto Taturana vai de encontro com a proposta do NERA, que se torna debater o racismo presente em nossa sociedade em pleno século XXI. Pois, o tema precisa ser levantado em todos os espaços possíveis, seja em escolas ou em meios culturais.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM