Por Caroline Aleixo [1]
Edição por Talita Souza [2]
Revisão por Maurício Carvalho [3]
Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof.ª. Nicole Morihama [5]
No dia 29 de outubro de 2021, o Núcleo de Estudos Étnicos-Raciais (NERA) recebe o Selo Municipal de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo. Coordenado pela professora Maria Lucia da Silva, o Núcleo existe desde 2016, e foi através do evento apresentado pelo canal da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania com acesso pelo Facebook/Youtube, que foi confirmado que o NERA havia recebido a honra.
O Núcleo foi premiado na categoria Transversalidade, na qual se refere a prática pedagógica entre o conhecimento da realidade e uma visão social, assim, não apenas para quesito escolar, mas sim, um todo.
Com a importância do selo e a representatividade que isso leva, tivemos um bate papo com a coordenadora do NERA sobre o assunto.
Caroline Aleixo – Prof.ª, há quanto tempo está à frente do Núcleo?
Prof.ª Maria Lucia – Foi criado comigo e mais 4 colegas negros de Comunicação Social. Criamos após um convite que recebi, depois de escrever minha tese de doutorado sobre os NEABS (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), e com isso nasceu o NERA.
Caroline Aleixo – O Núcleo tem diversos projetos desde que foi criado, certo? Acredito que o selo foi uma realização para você e o espaço de estudos. Esse reconhecimento foi por um projeto em si ou como um todo?
Prof.ª Maria Lucia – Durante esses 5 anos criamos diversos processos e o edital falava sobre isso. Fomos selecionados por termos mais de 200 eventos realizados nos últimos anos, e tudo isso nos gabaritou muito. Portanto, também fomos integrados na categoria Transversalidade, por conta da nossa diversidade de público.
Caroline Aleixo – Como se sentiu com esse selo? Foi uma conquista?
Prof.ª Maria Lucia – Muito feliz! É o primeiro prêmio dentro dessa atuação do NERA, então estamos bem contentes. Foi uma realização sim, pelo contexto do prêmio, e por ter a participação direta de nossos alunos na insistência.
Caroline Aleixo – Na sua visão, como o selo deveria ser visto para a sociedade?
Prof.ª Maria Lucia – Para a cidade de São Paulo, quando a Secretaria de Direitos Humanos premia as organizações que estão ali junto com ela efetivando as ações e concretizando, dentro de uma legislação, os planos, eu acredito que é muito importante tanto do ponto de vista da cidade, porque vai atender os preceitos e as leis, tanto do ponto de vista da cidadania, pois não fica apenas o governo, a cidadania se movimenta. O Selo vem para fazer o laço com as organizações e a sociedade.
Caroline Aleixo – Para finalizar, se for possível, fale um pouco sobre a importância do Núcleo e da transversalidade para a sociedade.
Prof.ª Maria Lucia – O NERA traz um debate crucial, do ponto de vista das relações públicas. Pois, ajuda seus alunos negros a saírem daqui fortalecidos para ingressarem no mercado de trabalho e assim, promoverem também mais ações públicas que ajudarão na diversidade. Em razão de que, quando se tem um comunicador que tem noção das suas origens, ele pode mostrar para outros os erros e o que pode ser plural, um papo para fortalecer as identidades.
[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM