Por Guilherme Pereira [1]
Edição por Gabriel Barbosa das Neves [2]
Revisão por Matheus Houck [3]
Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof. Nicole Morihama [5]
Na 11° Semana de Comunicação do Centro Universitário FMU FIAM-FAAM, aconteceu a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da turma de Produção Cultural, durante o evento “A Arte e o Tempo com o subtema: Arte e Modo de Cultivar”.
O evento ministrado pelo aluno Pedro Saletti foi um aprofundamento em conceitos da Cultura de Massa e o Consumo. Saletti, ao entrevistar os artistas MC VNjay, Caio Fogaça (95changes) e Daniel Rolim, traz um pouco das vivências culturais de cada um, analisando suas obras e divulgando seus trabalhos.
Após a apresentação, o aluno traz uma reflexão sobre a massificação da cultura em prol do mercado, onde o objetivo é o lucro e cita Adorno e Horkheimer, quando fala do consumo como fuga da realidade, alienando e adestrando pessoas para a exploração capitalista. “A arte serve também para provocar e para refletir sobre as coisas da vida”, disse Saletti.
Em seguida ele apresenta os trabalhos de Daniela R. de Ramos com sua equipe de dança de rua; O rapper MC VNjay com sua música ‘’Isoladamente’’; O Corpo do Baile de Mongaguá com “Clássico Livre”; O rapper 95changes com sua música “Pensar fora da caixa”; O bailarino, produtor e diretor Daniel Rolim com sua “Contemporânea’’.
Ao ser questionado sobre os preconceitos e estereótipos na dança, Rolim explica que isso é algo estrutural e menciona suas experiências pessoais, relatando o início de sua carreira como bailarino e as dificuldades que passava dentro da própria casa.
Caio Fogaça, ou 95changes, responde o questionamento sobre independência na música afirmando que o artista só se torna independente quando reconhece quais os processos em que precisará de “braços extras”, sendo responsável por realizar aquilo que está em seu alcance, sem exageros.
Fogaça ainda traz dicas quanto às redes sociais e como devem ser utilizadas pelos artistas, divulgando seus conteúdos, obras e trabalhos, visando conquistar diversos públicos. O artista reconhece o quão cansativa a rotina pode ser a rotina das redes sociais , mas afirma ser uma excelente maneira de conhecer o público do qual vai consumir seu conteúdo.
MC VNjay aponta o aprisionamento dos artistas nas “bolhas” das produtoras, onde falta a cultura independente e diz ter poucos artistas que se preocupam em auxiliar e divulgar quem ainda não alcançou o sucesso.
Além do problema da falta da cultura independente, ainda existe muita marginalização quando se trata de RAP. Ele afirma que o movimento perde muita credibilidade, pois quem não conhece, julga ser algo da “moda do momento” acaba considerando os artistas apenas um viral e que logo em seguida desaparecem da mídia.
Depois de muito debate entre os alunos, para o encerramento da apresentação do TCC a socióloga Juliana Clabunde foi convidada para compartilhar seu conhecimento sobre as culturas de massa.
Clabunde afirma que as culturas populares estão ligadas ao consumo e para uma transmissão destas culturas, é necessário um certo alinhamento com a vida cotidiana. Ela ainda defende que deveria utilizar as escolas para a transmissão de culturas populares. “Conhecer essas novas culturas é ampliar a visão e se permitir viver novos momentos”, disse a socióloga.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – repórter
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – editor
[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – revisor
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM