Professor e Doutor fala da importância do planejamento na vida do comunicador

Sem um planejamento, o caminho do criador é mais árduo

Por Gabriel Barbosa das Neves [1]

Revisão por Matheus Houck[2]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [3] e Prof. Nicole Morihama [4]

No último dia da 11º semana de comunicação realizada pelo Centro Universitário FMU FIAM-FAAM, o diretor executivo do Movimento Condição Saudável, consultor de planejamento e proprietário do Núcleo Rumos, o Professor Doutor Júlio César Barbosa foi o convidado para palestra “Planejamento e Criatividade: O casamento perfeito na comunicação”. O evento foi mediado pelo prof.René Batista Almeida.

Além de compartilhar com os alunos a experiência no mercado de trabalho, pontuou a importância do planejamento, principalmente para os jovens que são acumuladores de idéias. “A gente tem muita criatividade, mas temos pouco planejamento e precisa ser o contrário. A dose de planejamento sempre precisa ser maior”, aponta o convidado e reforça que apesar de ter diversas profissões, desde muito cedo, é possível, desde que a pessoa esteja planejada para isso.

César destaca a sua inserção em diversas áreas, como Jornalismo, Publicidade, Design, Artes, Rádio TV, Cinema e Relações Públicas. Isso porque “eu estudo e pesquiso muito para ser bom naquilo que eu faço”, aponta o convidado ao citar que a área em que menos se destaca é a de Design.

O convidado elucida aos alunos a importância da teoria no momento em que for fazer qualquer coisa e fala sobre o primeiro projeto de Design que realizou, numa época em que não havia programas como o PhotoShop e que tudo precisava ser feito a mão. “É preciso se dedicar e trabalhar muito para o dinheiro vir. Uns terão mais sortes que outro”, destaca Barbosa e fala sobre a história particular de cada um ao falar sobre a decisão que tomou, quando mais novo, de recusar uma proposta de trabalho que pagava o equivalente a 6 salários mínimos, em 1990, mas que isso resultou em uma promoção na sua carreira, pois foi graças a isso que dois anos mais tarde ele se tornou diretor da secretaria do Meio Ambiente.

“Cada um tem e faz uma história, cada um se dedica a um caminho para chegar lá com ética, com sentimento. Não pense que vocês irão chegar a diretor maltratando funcionários”, falou Barbosa aos alunos para deixar clara a importância de tomar decisões e como elas podem moldar a sua realidade, para que os estudantes não se cobrem ou se comparem com outros que, por exemplo, estão em bons cargos.

Ao retomar o assunto sobre planejamento, ele destaca a importância da pesquisa para a área de criação. “As melhores criações do mundo foram feitas por pessoas que sabem planejar, que pesquisam e estudam, que se envolvem. A criação é uma consequência do processo de plenejamento”, disse Barbosa.

Para um eficaz Planejamento Estratégico, a pessoa precisa pesquisar, posicionamento na base da pesquisa, criatividade para elaborar a estratégia, elaborar a arte e tudo isso pode gerar vantagem competitiva e ainda cita alguns elementos do planejamento, como briefing, análise setorial e swot, conhecer o público, analisar tendências  do mundo para montar um diagnóstico…

Segundo o convidado, há três coisas básicas que um criativo tem que entender para sua criação: posicionamento estratégico, estratégia elemental e criatividade. Para ser criativo, ele destaca que é preciso deixar de ser preguiçoso, procurar informação para se criar um repertório. Júlio cita ainda alguns exemplos de grandes empresas, como Burger King, o poder da fala e cita Martin Luther King e Sebastião Salgado que conseguem trazer através de uma imagem, mas também fala sobre outros exemplos de renomadas empresas.

Por meio da pesquisa, aponta o convidado, foi possível montar um posicionamento estratégico de como seria possível elaborar histórias infantis. Graças a apuração, ele descobriu que só havia contos que falam sobre heróis, DC, Marvel, África, Animais, crianças loiras, e tudo isso fez surgir a ideia de falar sobre a brasilidade, nossa cultura e animais do Brasil, coisa que é de difícil acesso no mercado. “A pesquisa é longa, para cada livro tem um dossiê longo de informação. Cada história tem um segmento e um alinhamento para chegar a determinado público”, aponta Barbosa, ao falar sobre os cases de suas pesquisas.

Antes de encerrar a palestra, o convidado bate papo com o professor Rene Batista que destaca como o aluno absorve uma ideia.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – editor

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – revisor

[3] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[4] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM