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Gestão emocional: Combate à violência contra mulher

A cada 2 minutos uma mulher é agredida no Brasil, país que também possui a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.

Por Ana Beatriz. [1]

Edição Gabriel Barbosa [2]

Revisão por Matheus Houck [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Na última noite da 11° Semana de Comunicação do Centro Universitário FMU FIAM FAAM (29 de outubro), ocorreu a palestra “Gestão emocional: Combate à violência contra a mulher”, ministrada pela especialista em Psicologia Jurídica e Inteligência Criminal, Larissa Portugal.  Ela compartilhou com as alunas e professoras presentes, como a Inteligência Emocional pode auxiliar mulheres vítimas de agressões e como a sociedade deve ter mais sensibilidade ao se deparar com casos como estes.

Portugal inicia a conversa ao contar sobre a definição de inteligência emocional, que é a capacidade que o indivíduo tem de reconhecer e gerir as suas próprias emoções e pensamentos e isto se aplica para com outras pessoas também. Segundo ela, quando falamos sobre emoções é importante lembrar que não podemos controlá-las.  

“O Autoconhecimento junto com a inteligência emocional é um processo sem volta, você nunca mais será a mesma pessoa”, diz a psicóloga e ressalta que autoconfiança e disciplina são outros fatores importantes, porém o processo para conquistar estes elementos é lento e doloroso, mas vale a pena.

Os tipos de violência que a mulher pode sofrer envolve agressões físicas, psicológicas, morais, sexuais e morais patrimoniais. Segundo a especialista, existe um ciclo de violência que não tem fim e funciona da seguinte forma:

Fase 1: “Escalada da tensão” (Quando se começa a ter medo do parceiro/companheiro).

Fase 2: “A explosão da violência” (Ameaças, agressões físicas, verbais ou psicológicas).

Fase 3: “A lua de mel” (Arrependimentos, pedidos de perdão e atitudes para demonstrar que o ocorrido não irá se repetir.)

Após a “Fase 3”, há o período de calmaria, onde a mulher constata mudanças de atitude e revive lembranças de momentos bons com o companheiro e, no caso do homem, ele começa a demonstrar o remorso que estreita a dependência entre vítima e agressor. Até que o ciclo volta do início, causando novos traumas.

Vítimas de violência doméstica sofrem diversos julgamentos pelo fato da dependência emocional e, muitas vezes, não possuírem apoio da família ou amigos. Algumas razões que implicam na permanência das vítimas com o agressor podem estar relacionadas aos filhos, cultura, religião, condições financeiras e até mesmo por conta dos preconceitos da sociedade.

A palestra finaliza com Larissa Portugal comentando questões de relações abusivas com as alunas, a psicóloga também faz a indicação da minissérie “MAID”, produzida pela Netflix, que retrata uma mulher alvo de violência doméstica, que acaba deixando seu relacionamento tóxico. A série agrega conhecimentos necessários para o combate de todos os tipos de agressões.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – editor

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – revisor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM