Jorge1

Quadrinhos e seu papel social

A linguagem dos quadrinhos nas mais diversas culturas e seu impacto cultural

Por Glauber Nathan de S. Olveira [1]

Edição por Giuliana Maciel Araujo [2]

Revisão por Andressa Lemes de Amorim Matos [3]

                            Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

No dia 28 de outubro, a 11ª Semana de Comunicação contou com a palestra sobre a Linguagem dos Quadrinhos. Sob o comando do professor Jorge Gonçalves, que assina como Jorge de Barros, o evento discutiu sobre a parte social dessa área. Muito além da diversão, ele lembrou que os quadrinhos podem tratar sobre questões políticas, econômicas, publicitárias etc. Contou também um pouco sobre a origem do termo em cada língua, além da famosa expressão: gibi. A origem é polêmica, por se tratar de um lançamento da RGE -uma das mais importantes editoras de história em quadrinhos do Brasil- em 1939, onde um personagem black face (com rosto todo pintado de preto) recebia esse nome e ajudou a repercutir essa alcunha.

Além disso, falou sobre como é forçada a infantilização desse mundo por conta do sensacionalismo de algumas mídias contra a repercussão de algumas produções.  As graphic novels, ou romances gráficos, também foram debatidas. Elas são um aprofundamento mais lúdico e trabalhado sobre algumas histórias. O próprio Maurício de Souza (criador da Turma da Mônica) foi citado, por sua produtora estar sempre em busca de reinventar os personagens e, recentemente, abranger essa temática.

Posteriormente, Jorge falou um pouco sobre os estilos: europeu, americano e japonês. Tanto na questão do traço como na produção, sobre o tempo e distribuição, além do mercado de vendas no exterior. Logo depois, alguns quadrinhos nacionais foram citados, exaltando como o Brasil está crescendo na área. Will Eisner, famoso cartunista americano,  e a arte sequencial também foram assuntos discutidos, onde a principal diferença entre o cinema, por exemplo, é entre o leitor e o espectador. Quem lê tem maior controle sobre o ritmo de consumo do conteúdo.

Outro ponto é a leitura tabular, onde toda página é acompanhada, não somente os quadros. Também ressaltou a polêmica do escritor sobre achar que, em muitos casos, o desenho deveria se sobressair, hierarquicamente, sobre o texto. Porém, deixou claro que um dos principais destaques é a sequencialidade. Não só textual e de quadros, mas como cada quadro precisa fazer ligação entre si.

Em certo momento, o professor abordou os elementos básicos, como por exemplo as vinhetas (ou quadros) e o requadro (contorno dos quadros). Além deles, a sarjeta, que seria o espaço entre as vinhetas, foi outro ponto lembrado. Por fim, vem a conclusão, que é subentendida pelo leitor. Os recordatórios, que são elementos explicativos, balões, onomatopeias, metáforas visuais e linhas cinéticas também foram comentados.

Outros aspectos, da forma como cada quadrinho se constrói, foram tratados um a um, e Jorge nos lembra do fato de estarmos sempre mais ligados ao desenho quando ele é mais simplificado, cartunesco. Isso, segundo ele, tem a ver com a pareidolia, onde reconhecemos rostos, formas e animais em objetos e paisagens. Para encerrar, fez algumas recomendações de produções.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM