Outubro Rosa

Outubro Rosa: especialista fala sobre os cuidados no combater ao câncer de mama

Autoexame e diagnóstico precoce são aliados principais, diz médica

Por Samantha Oliveira Filocromo [1]

Edição por Gabriel Barbosa das Neves [2]

Revisão por Matheus Houck [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Na segunda-feira (18 de outubro) foi realizada a palestra sobre o Outubro Rosa pelo Centro Universitário FMU FIAM-FAAM, com a temática Prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O evento foi conduzida pela Nathalia Ruder Borçari, obstetriz formada pela USP (Universidade de São Paulo), Mestra em Ciência com ênfase em Bioquímica e Biologia Molecular e professora do Centro Universitário FMU FIAM-FAAM no curso de Enfermagem, desde 2018. A conversa foi ministrada para alunos do curso de Enfermagem.

O mês de outubro é o período dedicado à prevenção do câncer de mama, doença que afeta mulheres. Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), em 2021, estima-se que ocorrerão 66.280 casos novos da doença. Dentre os sintomas, o mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são: edema cutâneo, semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos e podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

A professora Ruder inicia o evento ao explicar o que é o câncer de mama, como ele se desenvolve nas células e mostra números de casos em território nacional. “O câncer de mama é um tumor caracterizado por um crescimento rápido e desordenado de células dos lobos mamários, células produtoras de leite ou dos ductos por onde ele é drenado”, disse a médica.

A docente também cita que apenas de 5% a 10% dos casos são causados por fatores genéticos. Além disso, “temos os fatores ambientais ou comportamentais, como reposição hormonal, obesidade e sobrepeso, sedentarismo, exposição frequente a radiação ionizantes e consumo de bebidas alcoólicas”.

Segundo a médica, para além dos fatores hormonais, a mulher deve ficar atenta caso apresente um ou mais fatores como Menarca (primeira menstruação) antes dos 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, menopausa após os 55 anos e  ter feito uso de contraceptivos orais por tempo prolongado. “Não significa que ela terá, necessariamente, a doença”, pois, além disso, há os fatores protetivos “como a prática de atividade física e alimentação adequada e a amamentação”, aponta Ruder.

Além das mulheres, a médica diz que os homens estão sujeitos a desenvolverem o câncer de mama, mas é uma doença rara, sendo apenas 1% de todos os casos de câncer de mama. Em 2016 foram registrados 185 óbitos por câncer de mama na população masculina no Brasil.

A prevenção primária é evitar a exposição aos fatores que podem levar ao câncer, já a detecção precoce são estratégias que diminuem a mortalidade. Com o diagnóstico precoce da doença é possível começar o tratamento cedo. “O diagnóstico precoce são investigações oportunas das lesões mamárias suspeitas, autoexame das mamas e exames clínicos, fora a conscientização da população sobre o câncer de mama”, disse a médica.

Ruder ainda mostra como é feita as inspeções pelos profissionais, que são as inspeções dinâmica e estática, sendo a e terceira etapa  a palpação das mamas com a intenção de encontrar algum linfonodo irregular (na linguagem popular são caroços e aparecem quando o corpo está enfrentando alguma infecção). “O profissional, ao realizar esse exame, pretende encontrar nódulos, assimetria mamária, pele avermelhada, retraída ou com aspecto de laranja, alterações mamilares, pequenos nódulos no pescoço e saída de fluidos pelos mamilos anormais”, disse a médica.

De acordo com o Ministério da Saúde, esses sinais e sintomas são considerados referência urgente para serviços de diagnóstico mamário. Ações de rastreamento são feitas por exames para detecção do câncer, como radiografia, ultrassonografia mamária, mamografia e biópsia. “Após exames realizados e evidenciar o câncer, o direcionamento é feito da paciente para centros especializados onde será realizado o tratamento”, informou a professora.

O evento é encerrado após Ruder mostrar imagens de como fazer o autoexame e sobre a importância dele para a detecção precoce do câncer de mama. O autoexame pode ser realizado periodicamente uma vez ao mês, uma semana após o término da menstruação.

Para saber mais sobre sintomas, desenvolvimento e como descobrir o câncer de mama, basta acessar o site do Instituto de Câncer de Mama para obter mais informações.

 ( https://www.inca.gov.br/assuntos/cancer-de-mama )

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – repórter

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – editor

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM – revisor

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM