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Perfil: Maria Blois

Professora de Publicidade e Propaganda – FMU / FIAM-FAAM

Por Vinicius Lopes [1]

Revisão por Guilherme Diniz Simões Moreira [2]

Edição por Safira Ferreira [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Engana-se quem pensa que o sobrenome de Maria é francês, na verdade, a origem dele é italiana. Tal sobrenome vem da família do esposo, e se pronuncia ‘Bloise’, e não ‘Bloá’, mas escutar da maneira abrasileirada ‘Blóis’, como costumam chamá-la, não é um problema para a professora.

Maria Blois nasceu na região do Brás, também de família italiana. Sua história se cruza com a história da imigração italiana na cidade de São Paulo, com sua bisavó que chegou ao Brasil vinda da Itália em período de guerra e se instalou na região do Brás, onde sua família tem casa até hoje. Ela viveu parte da sua infância no bairro em que nasceu e, ainda criança, foi morar na região sul da cidade de São Paulo, no bairro da Saúde, com seus pais e três irmãos.

Aos nove anos, perdeu o pai e cresceu com o senso de responsabilidade diferente de outras crianças. Ela trabalhou desde cedo e gostava de esportes, mas sempre se dedicou a ser uma boa aluna, pois não queria dar trabalho à mãe. Desde pequena, se interessou por história, literatura e ainda na juventude não pensava muito na pergunta que é comum para uma criança: “O que vou ser quando crescer?”.

Porém, Maria Blois cresceu, e foi no fim do ensino médio que se interessou por Comunicação e pela área da Saúde . Cogitou a nutrição e prestou vestibular para enfermagem, porém, as aulas de fotografia e os laboratórios práticos das disciplinas relacionadas ao audiovisual a fizeram decidir por se matricular, aos 19 anos, no curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Metodista de São Paulo.

Hoje, Blois diz que se houvesse naquela época o curso de Engenharia de Alimentos, essa certamente seria sua escolha, pois sempre se interessou pelo universo da composição dos alimentos e nutrição em geral. Ela destaca que se interessar por alimentos não a faz uma apaixonada por culinária, pelo contrário, não é a maior entusiasta, ela apenas cozinha por necessidade e gosta de praticidade nas receitas.

O início de sua vida profissional foi durante a faculdade, onde fez estágio na agência DPZ em mídia e logo passou em um concurso no Banco de Crédito Real de Minas Gerais, o Credireal. Os dez anos dentro do banco se dividiram entre departamento de marketing e mercado financeiro, área que foi forçada a migrar devido aos cortes no time anterior. Logo depois, o banco encerrou suas atividades e Maria ficou sem emprego.

Como a paixão pela língua portuguesa sempre foi presente em sua vida por meio da literatura, Blois voltou para a universidade no fim dos anos 1990 e, dessa vez, foi para cursar Letras. A professora começou a lecionar no ensino público e por lá ficou pouco tempo, logo depois ela foi para o Colégio Terra, em São Paulo, e se estabeleceu no novo ofício, onde continua ensinando a disciplina de língua portuguesa para os níveis fundamental e médio até hoje.

Para ela, em questão de diferença de tipos de estudantes, o aluno do colégio privado implica na responsabilidade de lidar com os pais; já o universitário é mais independente, porém, ambos têm o mesmo comportamento em sala de aula. Maria destaca que, durante o mestrado, pensou que haveria diferença, pois na universidade o aluno estuda por escolha própria, logo teria mais interesse em aprender, mas na prática viu que a essência é a mesma.

A língua portuguesa também foi seu objeto de estudo na especialização, concluída em 2008. Em seguida, acompanhou a mesma linha no mestrado com o tema “Linguística e Análise do Discurso”, finalizado em 2013, na PUC-SP.

Sua carreira no Centro Universitário FMU / FIAM-FAAM começou em 2014, e desde o início deu aula para os cursos de Comunicação, nas disciplinas ligadas com a redação e linguagem. Por um ano, lecionou a matéria de Didática para o curso de Letras, mas seu foco sempre foi sua área de especialização. Atualmente, se divide entre o colégio, onde está pela manhã, e durante a noite ela se encontra Centro Universitário. Às tardes, se dedica à vida cotidiana e aos estudos, pois continua produzindo artigos e se preparando para suas aulas.

Atualmente, ela se declara como fã dos clássicos como Aristóteles, que leu durante a faculdade, e Machado de Assis. Maria se empolga ao conversar sobre a relevância dos livros em sua vida. Ela relaciona essa paixão de livros com seu gosto por História, pois a Literatura transporta o leitor para aquele momento específico da existência humana.

Muito sorridente, a professora não projeta uma vida pacata, mas se vê, sim,  ativa por bastante tempo, e com muito a contribuir.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM