Tariana Machado

Alunos do FIAM FAAM recebem a palestrante e jornalista Tariana Machado, que fala sobre Ciência e Jornalismo

Centro Universitário FMU / FIAM-FAAM realizou evento com a jornalista Tariana Machado, para a disciplina de Jornalismo Científico e Cultural

Por Rafael Fiorussi [1]

Edição por Giuliana Maciel Araujo [2]

Revisão por Andressa Lemes de Amorim Matos [3]

                            Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Na última sexta-feira, 01 de outubro, o Centro Universitário FMU / FIAM-FAAM realizou um evento com a jornalista Tariana Machado, a convite do Prof. Gean Gonçalves para a disciplina de Jornalismo Científico e Cultural. A palestrante falou sobre o tema “ciência e jornalismo” e contou um pouco sobre o papel comunicador da ciência e também sobre o jornalismo em geral.

No evento foi usado um site chamado Mentimeter, que tinha como objetivo, saber o que cada um pensa sobre a energia nuclear. Várias palavras foram usadas para encontrar a energia nuclear “dentro de nós”. Algumas palavras foram abordadas como Chernobyl; risco; radioativo; bomba, entre outras em que os brasileiros pensam sobre a usina nuclear.

No Brasil é feito uso pacífico da área nuclear devido a um tratado internacional chamado de TNP (Tratado de Não Proliferação) de armas nucleares. Mas não somente aqui como em algumas partes do mundo existe uma perspectiva da aplicação pacífica da energia nuclear. Uma delas é a geração de energia. Nosso país começou a desenvolver muito o setor nuclear sem divulgar para a população e também a usar essa energia para fins militares. Depois que isto veio à tona, dois programas nucleares foram revelados, um deles é o civil e o outro o militar.

Tariana mencionou uma breve definição da palavra “risco”, que nada mais é que uma probabilidade do que pode acontecer, o que se dá como risco real. Uma questão muito interessante levantada por ela foi se algum dos espectadores presentes na palestra moraria perto de uma usina nuclear, o que é muito perigoso, levando em conta os acontecimentos da usina nuclear de Chernobyl. A grande maioria das respostas foi negativa e teve argumentos como o medo, a radiação, perigo de explosões e de vazamentos, entre outros.

No Brasil temos as usinas de Angra 1 e 2 em funcionamento, localizadas no estado do Rio de Janeiro, sendo que, nas mesmas são mantidas manutenções periódicas. As usinas são inspecionadas minuciosamente em todas as instalações do prédio, e essas inspeções são bem mais criteriosas do que seria em qualquer outra indústria de algum outro componente.

Mesmo com todos esses procedimentos de segurança, o assunto de energia nuclear no Brasil ainda não é muito divulgado para a população. Usualmente, não são abordadas informações tais como: o quanto de energia nuclear é produzida; as vantagens de se produzir essa energia; como são descartados os resíduos atômicos; quais os riscos que trazem para a população; etc.

Em 13 de Outubro de 2020 foi noticiado pela mídia a transferência de resíduos atômicos da Usina nuclear de Angra 2, pois as piscinas utilizadas para armazenamento desses resíduos já estavam quase com suas capacidades máximas, sendo que nesta data foi informado que tal processo se iniciaria dentro de duas semanas. O plano previa a transferência desses resíduos para 72 cilindros metálicos revestidos em camadas de concreto e aço dentro de um complexo em Angra. Até a data de hoje não se tem notícia se tal transferência foi feita ou não.

A palestrante mostrou um vídeo em que conta detalhadamente a história da explosão da Usina nuclear de Chernobyl, tornando-se uma cidade fantasma da Ucrânia. Esse acontecimento é narrado em um seriado que leva o mesmo nome no Streaming da HBO Max.

Segundo ela, as dificuldades encontradas para se discutir a temática nuclear no Brasil são: crise e risco, medo, cultura do silêncio e o acidente da usina na cidade de Fukushima no Japão.

Para finalizar o debate, a jornalista quis levantar um tópico importante da atualidade que relaciona a Ciência e o Jornalismo, que são as fake News e movimento antivacinas, e o quanto essas notícias falsas trazem medo e desinformação – dessa maneira fazendo com que as notícias falsas façam com que a população coloque em xeque se as vacinas são eficazes contra o coronavírus ou não, por exemplo.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM