Professora de Relações Públicas no FIAM-FAAM
Por Renato Felix Iwamoto [1]
Revisão por Guilherme Diniz Simões Moreira [2]
Edição por Safira Ferreira [3]
Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]
Cristiane Sambugaro sempre soube que gostaria de ser professora. Aos 11 anos, ganhou do pai um kit escolinha que continha gizes, lousa e apagador; daí em diante, ela brincava chamando seus primos e fazendo de conta que dava aulas; e assim foi exercendo a vocação que, mesmo inconscientemente, a levava para mais perto das pessoas. Porém, seus interesses começaram a variar, pensou em lecionar biologia, depois a psicologia lhe pareceu mais agradável.
A professora recorda com saudade do tempo em que lecionou nas diversas cidades do interior, nas quais tem suas origens desenhadas. Ela fala de Botucatu, cidade próxima a Bauru, onde está passando um tempo com a mãe, mas também esteve em salas de aula em outras cidades. Sua experiência na docência foi ampla: ministrou cursos de turismo, foi professora substituta no Estado, também lecionou no ensino primário e fez magistério. Se contarmos o período de docência na rede pública e sua experiência em cursos de ensino superior, sua trajetória alcança 20 anos de aprendizado e relação mútua com os estudantes.
Ela conseguiu uma bolsa no colégio Objetivo, dando início a uma longa jornada. Ao terminar o ensino médio, Cristiane optou pelo curso de Relações Públicas na Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, concluindo a etapa em 1996. Em seguida se especializou em Planejamento e Marketing Turístico; após isso, atuou em consultorias no mercado, e integrou assessorias de diversos setores. Sempre teve em mente a necessidade de explorar diversos campos do conhecimento. Ela também atuou no mercado multimarcas e fez mestrado na área de Gestão e Desenvolvimento em Turismo pela Universidade de Aveiro, concluindo o curso em 2008. Cristiane integra o corpo docente do FIAM-FAAM desde 2016. Com tantos anos de docência torna-se clara sua capacidade de gerir as relações entre instituição e aluno. Nas redes sociais, ela exibe inúmeros encontros em palestras e eventos da faculdade.
Ao ser questionada sobre o que é necessário para ser um bom profissional de Relações Públicas, a professora nos explica que o lado teórico e técnico você ensina a qualquer um. Trata-se da parte mais fácil de desenvolver em sala de aula, mas a postura, o jogo de cintura que o profissional de Comunicação precisa ter é diferente. Ela faz menção às “soft skills” (habilidades provenientes da inteligência emocional), que raramente se ensina de forma tradicional; são habilidades que só a vivência diária nos permite desenvolver, pois não está circunscrito em estatuto algum. Além disso, é necessário saber conduzir a “gestão de expectativas”. Para este quesito, ser empático com o outro serve tanto para os professores como para os alunos. “O mercado está cada vez mais seletivo”, diz ela. A competição se dá no âmbito da seleção de competências.
No assunto acadêmico e preparação para o mercado de trabalho, Cristiane nos fala sobre a importância de identificar o perfil de cada aluno. Ela nos traz a importância do processo de escuta ativa do profissional na sala de aula, capaz de identificar demandas e corrigir eventuais falhas no processo de construção de um olhar mais crítico.
Ela possui um canal no YouTube onde dá dicas sobre carreira, apontando a necessidade de unir a inteligência humana com a tecnologia 4.0, que é um processo referente ao desenvolvimento do mundo contemporâneo. Em seu site, o internauta encontra diversos artigos sobre inteligência emocional, conteúdos motivacionais e depoimentos de profissionais de diversos setores.
Ao final de nossa conversa, fica evidente a principal virtude de alguém integrado às relações humanas: Cristiane fala sobre a importância da alteridade, já que, sem essa característica, você não enxerga o outro, sem isso você não desenvolve relações. E do começo ao fim de nosso encontro, esteve sempre clara a virtude geradora da prosperidade (além da carreira), marca pessoal, também sobre as convenções e a constante busca por nosso lugar ao sol. Atente-se ao poder da palavra como premissa básica de cada relação no seu dia a dia.
[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM
[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM
[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM
[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM
[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM