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Especialista fala sobre a prevenção ao suicídio em Workshop no Centro Universitário FMU FIAM-FAAM

Psicólogo fala sobre sinais de depressão e indícios que podem levar ao suicídio.

Por Guilherme Pereira[1]

Edição por Gabriel Barbosa das Neves [2]

Revisão por Matheus Houck [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

O mês de setembro se tornou símbolo do combate ao suicídio, sendo intitulado como “Setembro Amarelo”.

Neste mês, o Centro Universitário FMU FIAM-FAAM preparou um workshop com o psicólogo e professor Ricardo Santoro, com o tema “Prevenção ao suicídio: Falar é a melhor solução”, na quarta-feira (29/09). O evento contou com a presença da Diretora de Operações, Aurora Caldas e da Gerente de Recursos Humanos, Mayame D. Sombra.

Devido ao dia 10 de setembro ser o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio, o mês foi escolhido para a realização de campanhas de conscientização aqui no Brasil desde 2015.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos alguém se suicida em todo mundo, com uma média anual de 800 mil pessoas. Em março de 2021, Rondônia passou pelo pior mês em relação às perdas pela pandemia e foi o período com o maior número de suicídios dos últimos três anos. Esses dados são alarmantes devido a estarmos vivendo um momento extremamente diferente daquilo do que estávamos acostumados, com pouca interação social, necessidade de distanciamento e tensão global em diversos sentidos.

O convidado, professor e psicólogo Ricardo Santoro, diz que quando falamos de Setembro Amarelo as pessoas tendem a pensar diretamente no suicídio, quando na verdade, o mais correto é nos concentrarmos na prevenção do suicídio. Um simples ato de escutar alguém pode salvar muito mais vidas do que se imagina.

Ele ainda continua ao falar que “mais do que dizer sobre mortes, é preciso falar sobre a vida” e seguiu com o objetivo de falar um pouco mais sobre os sintomas, termos corretos e como agir diante desta situação. O docente ainda ressalta que “todo ser humano está disposto a se sentir deprimido e sentir vontade de não existir”, pois a depressão é algo gradual, começa com pequenos pensamentos sombrios e pode chegar a níveis gravíssimos onde o indivíduo tem alucinações e delírios que são um grande risco para sua saúde.

Outro ponto levantado foi sobre a ansiedade. Mais de 17 mil pessoas participaram de um estudo que constatou que 86,5% dessas pessoas sofriam de ansiedade. Uma pessoa ansiosa é vista como fraca e incapaz. Pessoas que sofrem psiquicamente precisam lidar com preconceitos ao serem diminuídas, onde os comentários são soluções que invalidam as dores do indivíduo ou um julgamento repulsivo com tom de superioridade.

Santoro menciona que pessoas com problemas psíquicos devem procurar ajuda médica e não milagres religiosos. Com um tom de alerta, a depressão, o bullyng, abuso de substâncias, traumas e lutos são as principais causas do suicídio. A maior causa é a depressão, da qual a própria OMS reconheceu em 2020 que é a doença mais incapacitante do mundo.

“As pessoas dificilmente cometem suicídio do nada”, diz o professor. Ele ainda fala que as pessoas vão perdendo aos poucos o sentido da vida até não sobrar mais nada e a única fuga aparente nos pensamentos acaba sendo a morte. Sempre existem sinais, mudanças bruscas ou sutis em seu comportamento, até mesmo pedidos de socorro em ações comuns do dia a dia. Sempre vai depender de pessoa para pessoa, cada um tem um motivo, uma razão, mas o que é comum na grande maioria dos casos é a falta de alguém para escutar seus sentimentos, sem que esse alguém julgue ou tente dar uma solução genérica.

Durante toda a palestra, o professor Ricardo Santoro ressalta a importância e a necessidade de escutar as pessoas, se atentar aos sinais, até mesmo nas brincadeiras ou comentários relacionados à morte ou desejos de desaparecimento, conscientizando sobre o problema e os meios de ajuda, além de abrir as portas de sua rede social para ajudar a quem necessita. “Cuidar do próximo é cuidar de si”, alerta Santoro.

Os alunos do Centro Universitário FMU FIAM-FAAM podem buscar apoio psicológico, caso necessário, no Núcleo de Apoio Psicopedagógico. Para saber mais e como agendar um atendimento, acesse aqui se for aluno do FMU e aqui se for aluno do FIAM-FAAM.

Além disso, podem contar com o apoio do CVV (Centro de Valorização à Vida), que oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio. Acesse aqui para saber mais e como contatá-los caso necessário.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM