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Gamificação como ferramenta de interesse e estímulo do consumo jornalístico

Em entrevista para a AICom, a jornalista e produtora de conteúdo criativo, Mariana Collado, conta sobre a experiência de construção de seu Trabalho de Conclusão de Curso.

Por Bruna Massae Ueno Silva [1]

Edição por Giuliana Maciel Araujo [2]

Revisão por Andressa Lemes de Amorim Matos [3]

Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Profa. Nicole Morihama [5]

Em entrevista para a AICom, a jornalista e produtora de conteúdo criativo Mariana Collado, 22 anos,  comenta sobre suas experiências diante o processo de construção do seu Trabalho de Conclusão de Curso, em 2021, que resultou em um artigo com a temática “A gamificação como ferramenta de interesse e estímulo do consumo jornalístico”, orientada pelo professor Benedito Moraes, docente do Centro Universitário FMU/FIAM-FAAM.

A jovem conta que sua paixão por jogos começou aos 11 anos, quando foi apresentada ao “Habbo”, jogo de pixels que permeia entre dois objetivos principais: conversar ou tornar-se moderador até alcançar o nível de administrador de eventos.  A cada novo cargo ganhava-se recompensas. A partir disso, passou a se aprofundar mais no universo lúdico e digital. Vale ressaltar que, quando estudava no ensino médio, foi convidada para trabalhar em uma empresa de jogos de tabuleiros por um professor da escola.

Ao entrar para a faculdade, decidiu mergulhar nesse assunto com o intuito de mostrar a implementação da gamificação dentro do jornalismo, que pode gerar um conteúdo ainda mais atrativo e recompensador para os usuários. Collado exemplificou seu trabalho dizendo que um sistema de jogos, ao ser consumido, pode conectar ainda mais pessoas, criando diversas redes e fóruns na internet.

Deve-se levar em conta que os objetivos mudam constantemente e não consumimos algo apenas por ser importante, mas porque enxergamos o valor nele. “As recompensas acontecem a todo momento, seja porque você lê notícia por se informar mais, por elevar o seu status social ou conquistar algo no jogo que tem dentro do site. O importante é que a notícia e a informação cheguem”, diz a jornalista.

Mariana conta que a sua experiência com análise de dados foi a mais surpreendente, pois, descobriu nesse processo um novo potencial que lhe ajudaria muito em seu futuro. Além disso, a jovem revela que o fato de sua banca ter sido composta por gerações distintas provocou o que ela mais gosta de fazer: troca de ideias e muito debate.

Ao falar sobre as suas dificuldades, Collado revela sua transição inicial até a escolha definitiva do formato de seu Trabalho de Conclusão de Curso, que primeiramente seria o livro-reportagem, mas, ao destrinchar melhor a sua proposta, notou que continha variados materiais interativos com o público e, assim, poderia produzir uma grande reportagem multimidiática. Porém, não conseguia se conectar com o artigo de jeito nenhum. Até que se propôs a diversos questionamentos e finalmente montou o seu escopo, resultando no artigo científico. Ela ressalta um aprendizado crucial para esse período: respeitar o tempo para se pensar. Parar. Refletir é necessário.

“Você só sabe que o seu pacote de internet está lento quando você compra um pacote maior, porque ele pode ser rápido o suficiente para você fazer as coisas, mas não está otimizado o bastante e quando você upa o seu pacote, você se dá conta que a sua internet pode ser ainda mais rápida. Às vezes a gente acha que já conheceu de tudo, mas você ainda pode ter mais conhecimento e poder sobre a mudança da realidade”, finaliza Collado.

[1] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiários AICOM

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[3] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora do curso de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM