NERA

ENCONTRO DO NERA DEBATE CONCEITOS IMPORTANTES CONTRA O RACISMO

Debate no último dia 14 de setembro foi marcado por definições que auxiliam na compreensão e entendimento da temática do Núcleo de Estudos Étnicos-Raciais

Por José Ibiapina [1]

Edição por Talita Souza [2]

Revisão por Mauricio Carvalho [3]

    Supervisão de Prof. Wiliam Pianco [4] e Prof.ª. Nicole Morihama [5]

A professora e coordenadora do Núcleo de Estudos Étnicos-Raciais (NERA), Maria Lúcia Silva, deu início ao encontro de maneira objetiva ao analisar termos de grande importância para o espaço e de quais formas é possível perceber como o significado de cada um carrega grandes questionamentos.

Como primeiro conceito abordado, o etnocentrismo, ponto de vista no qual um grupo que acredita em sua superioridade sobre o outro, fundamentada no conceito socioeconômico e educacional, pensamento muito comum no continente europeu, e no qual muitos ainda acreditam.

Em seguida, a professora deu seguimento com a questão da intolerância, destacando quando um grupo não tolera o outro em decorrência de sua cor, costumes, hábitos, etnia etc. Já outro tema discutido no encontro foi a discriminação racial que é definida como qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência com propósito ou efeito de acumular ou restringir o reconhecimento dos direitos de forma justa, nos critérios de raça, cor, ascendência nacional ou étnica. Trazido também pela professora, o conceito de preconceito racial, que consiste em qualquer forma de expressão que discrimina uma etnia ou cultura por considerarem inferior, junto à definição de etnia que é um grupo com sua perspectiva histórica e que se diferencia por sua especificidade sociocultural, refletida principalmente na língua, religião e maneira de agir.

Com isso, partindo para o racismo, a coordenadora cita o fenômeno dinâmico que se renova e se reestrutura conforme a conjuntura histórica e os interesses de grupos. A construção racial também levantada foi explicada como elemento cultural, cuja base é a diferença real e imaginária.

O racismo institucional também foi abordado, ocasionado quando há qualquer tipo de preconceito ou discriminação em uma empresa, universidade ou órgão, junto ao também racismo estrutural, sendo a formalização na sociedade e estruturada de maneira que exclua um número de minorias nas participações.

A lei 10.639/03, de 2003, foi lembrada no encontro, que segue enfrentando dificuldades em ser implementada, que previa o ensino da história e cultura Afro-brasileiras e africana, que ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. Para o mestre em História, Leandro Carvalho, em uma declaração para o canal do educador, essa lei se faz necessária para garantir uma valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade brasileira. Portanto, a reunião deu ênfase ao abordar como os professores exercem um importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil.

[1] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[2] Aluna do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiária AICOM

[3] Aluno do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, estagiário AICOM

[4] Professor do curso de Jornalismo FMU/FIAM-FAAM, supervisor de estágios AICOM

[5] Professora e coordenadora dos cursos de Relações Públicas e Jornalismo FMU/FIAM-FAAM